O trabalho importantíssimo de pregar o evangelho ao mundo não terminou com a morte de Jesus e seus apóstolos. De fato, Jesus disse que a morte e a ressurreição dele eram apenas etapas no plano de Deus para a salvação. Uma outra etapa necessária seria a pregação destas boas novas “a todas as nações, começando de Jerusalém” e isto tem sido feito pelo Reverendo Ismael Hultado da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, no programa “Palavra de Fé”, no ar todas as sextas-feiras pela TVJC.
Portanto, segundo o Rev. Ismael, este trabalho continuará até que o Senhor volte. Então, o que aprendemos daquele dia sobre a pregação do evangelho? A “pesca” se faz por rede, e não por isca e anzol. Muitas pessoas praticam a “pregação do evangelho” como se fossem pescadores com anzóis. Preparam uma “isca” para atrair o maior número de pessoas – e quando estas enfiam o anzol nas suas bocas, dificilmente se desprendem. Muitos prometem “riquezas” ou “bençãos” aos que frequentam as suas igrejas e pagam ofertas especiais.
Outros oferecem “curas” ou “descarrego”, e ainda outros dizem ser os únicos que entendem a palavra da verdade. Com tanta isca por aí, ouvir o “evangelho” acaba sendo apenas uma busca pelo que parece bem aos próprios ouvidos (veja 2 Timóteo 4:3-4). Mas Jesus ensinava a pregação do evangelho na imagem de uma rede. Certa vez, falando acerca do reino do céu, ele disse: “é… semelhante a uma rede, que lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora. Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos…” (Mateus 13:47-49).
A questão não é de “atrair” as pessoas com grandes promessas. Antes, o que é necessário é de lançar a mesma rede do evangelho sobre todos, sabendo que “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê…” (Romanos 1:16). Deste modo, não cabe ao “pescador” decidir onde e quando irá “pescar” e nem mesmo qual “isca” irá usar. Quem prega o evangelho deve pregar a todo tempo e “a toda criatura” (Marcos 16:15; veja também 2 Timóteo 4:1-2).
Se todo o evangelho for pregado, ele irá arrastar os escolhidos, assim como peixes numa rede. Repare que este foi o trabalho do apóstolo Paulo, que explicou: “Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3-4). Como os pescadores aprenderam, Cristo é a chave e o Espírito Santo atraí e converte as pessoas. Sem o Senhor, nada pescaram, embora usassem todo o seu esforço e recursos tinham medo do desconhecido, mas obedeceram uma ordem de Jesus. Com Cristo, num único lançamento da rede, pescaram infinitamente mais de que já haviam visto a ponto de quase afundarem seus barcos (Lc. 5, 1-11)
Pessoas influentes e até igrejas inteiras têm feito programas “em nome de Jesus” que nada têm a ver com ele e que não ajudam a ninguém (veja Mateus 7:21-23; 23:15; Colossenses 2:20-23). Jesus disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mateus 28:19-20). Assim, cristãos não são necessariamente pessoas que tenham sido graduado em teologia e conhecem todos os pormenores de todas as questões teológicas. Cristãos são pessoas que, ao ouvirem o evangelho de Jesus, se submetem a obedecê-lo em tudo aos ensinos dados por Cristo. Um claro exemplo, são as pessoas convertidas no dia de Pentecostes, por exemplo, escutaram o evangelho e foram redimidos pelo Espírito Santo.
Ser “pescador de homens” exige uma mudança de “profissão” (5:10-11). Não obstante o que fazem para ganhar a vida, cristãos deveriam ter como profissão principal lançar a rede do evangelho. Quando fazemos compras, devemos lançar a rede. Na escola, no trabalho, ou no lazer, devemos lançar a rede, “de sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio” (2 Coríntios 5:20). Deus levantou a Igreja Pentecostal Anglicana do Brasil para fazer discípulos que façam discípulos… ensinando toda a Palavra de Deus e proclamando o evangelho de Cristo.
Onde quer que Jesus fosse, ele sempre arrastava uma multidão atrás dele. A mensagem dele era profunda, surpreendente, diferente e mais autoritária do que o ensino dos líderes religiosos dos judeus. Até mesmo os guardas enviados para prender Jesus voltaram sem trazê-lo, dizendo, “Jamais alguém falou como este homem” (João 7:32-46). “Assentando-se, ensinava do barco as multidões” (5:1-3). Jesus aproveitava qualquer situação como palco para ensinar a quem quer que o escutasse. Ele ensinou durante a recepção de um casamento (João 2:1-11), enquanto caminhava pela seara (6:1-5; cf. Mateus 12:1-8; Marcos 2:23-28), nas sinagogas (4:16; etc.), nos montes (Mateus 5:1-2; Marcos 13:3-5; etc.), ou em qualquer outro lugar onde havia pessoas. Em Lucas 5, Jesus se encontrava à beira-mar, seguido de perto pelo povo. É possível que algumas destas pessoas o estivessem seguindo desde Nazaré, onde ele pregou na sinagoga e afirmou que ele mesmo estava cumprindo alguns trechos messiânicos do livro de Isaías! (veja 4:14-30).
Depois de ensinar a multidão, Jesus tornou o foco de seu ensino ao grupo de seus próprios discípulos. Há necessidade tanto de ensino público como de ensino particular. Às multidões, Jesus lançava a base de instrução do evangelho do reino de Deus, como no famoso “sermão do monte” (veja Mateus 5:1 – 7:29). Nas horas que ele passava mais a sós com um número menor de seus discípulos, ele desvendava alguns dos mistérios mais profundos da vontade de Deus (Marcos 4:10-20). Estes homens em particular já haviam decidido que iriam seguir Jesus (João 1:35-42). Agora, porém, Jesus os chamou para segui-lo de uma forma especial, o que faria com que ele pudesse os tornar em seus apóstolos. Por isso, ele os separou da multidão, a fim de instrui-los mais íntima e profundamente por meio de uma parábola “ativa” de pesca, na qual eles mesmos teriam a participação principal. “Lançai as vossas redes para pescar” (5:4).
Pedro, André, “Lançai as vossas redes para pescar” (5:4). Pedro, André, Tiago e João eram pescadores profissionais, ganhando as suas vidas na carreira que aprenderam e praticaram neste mesmo lago. Neste dia em que Jesus chegou para ensiná-los, eles já haviam passado a longa noite anterior numa tentativa frustrada de pesca. Quando Jesus pediu que colocassem as redes na água novamente, Simão Pedro reagiu rapidamente, dizendo, “Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos…” (Lc 5:4).
Afinal, quem era este carpinteiro para ensinar quatro pescadores como pescar? Ele obviamente não sabia que era melhor pescar de noite, e não de dia! Ele obviamente não sabia que os peixes estavam em outra parte do lago, já que Pedro e os outros profissionais haviam pescado a noite inteira sem sequer encontrá-los nesta região! Porém, Pedro já conhecia a Jesus. Por conhecer Jesus e o poder de sua palavra, Lançai as vossas redes para pescar…. se segurou no meio de sua objeção e disse, “sob tua palavra lançarei as redes” e o fez por obediência apenas “Apanharam grande quantidade de peixes”
O Reverendo Ismael Hultado no programa de hoje é categórico e afirma que a maioria dos cristãos de hoje nunca levou ninguém a Cristo! Estudos recentes mostram que 95% dos membros da igreja no mundo nunca levaram ninguém a Cristo! A maioria está simplesmente com medo; É por isso que Jesus enviou o Espírito Santo no dia de Pentecostes … para nos permitir sermos testemunhas, não apenas para nos dar uma poderosa experiência pessoal! Do que temos medo? A única coisa que pode acontecer é que nossas redes podem começar a se rasgar (os prédios das igrejas fiquem cheios demais!), E talvez tenhamos que pedir a outro barco (igreja!) Para ajudar a pegar os peixes que são muitos ou construir mais barcos (igrejas)!
CONCLUSÃO
O medo acabou de fato no dia de Pentecostes. Pentecostes é uma celebração da colheita! É o momento de dar a Deus o melhor de nós, tanto das bênçãos materiais que Ele nos deu como também do compromisso espiritual de colocá-Lo em primeiro lugar! Em Atos, foi a colheita das almas uma vez que o Espírito Santo veio e capacitou Seu povo. Agora empoderados, suas paixões se voltaram para ganhar os perdidos. As últimas palavras de Jesus antes de partir eram para ganhar os perdidos. Esta é uma prioridade ou uma opção em sua vida, não é uma opção para a igreja Pentecostal!
Direção: Neilo Machado – Cinegrafista: Ramon Gonzales Hultado – Produção e edição: Anderson Campos
Gravado na Paróquia dos Santos Mártires em Bocaina/Caldas MG
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