O vice-presidente da República, General Hamilton Mourão, esteve em Santa Rita do Sapucaí/MG, na quarta-feira, 20 de novembro. Ele foi convidado pela Inatel – Instituto Nacional de Telecomunicações para fazer uma palestra sobre os desafios para o desenvolvimento do Brasil. Durante pouco mais de uma hora, o vice-presidente falou dos desafios e reformas que o Brasil precisa enfrentar para voltar a crescer.
No ambiente de pesquisas e desenvolvimento tecnológico, o General Mourão ainda abordou a importância da economia do conhecimento, reformas e o que é necessário para o país voltar a crescer. A palestra durou cerca de uma hora e meia.
“Aqui é uma das vanguardas existentes no nosso país. Nos laboratórios a gente vê o pessoal trabalhando com a máquina, e procurando vencer a máquina o tempo todo. Isso é a economia do conhecimento. Essa é a pressão que tem hoje no mundo. Temos que estar numa constante inovação. Aqui no Inatel temos essa integração das empresas com o gerador do conhecimento. O governo tem que fazer o papel de indutor, facilitador”, disse Mourão.
O vice-presidente Hamilton Mourão esteve também na terça 19 em Itajuba/MG, onde visitou a Helibras, fabricante de helicópteros no Sul de Minas, bem como na Universidade Federal de Itajubá (Unifei), que vem se destacando com pesquisas nas áreas de tecnologia e engenharias.
Durante a visita ao Inatel, Mourão conheceu os laboratórios, as pesquisas e inovações tecnológicas desenvolvidas pelo instituto. O Inatel é pioneiro em pesquisas criador da urna eletrônica, sinal da TV Digital e faz testes atualmente com a tecnologia 5G para telefonia móvel.
É a primeira visita do vice-presidente ao Sul de Minas. Em junho deste ano, o General Hamilton Mourão se reuniu, em Brasília, com o diretor e vice-diretor do Inatel, Carlos Nazareth Motta Marins e Guilherme Marcondes. Na oportunidade, foram apresentadas as iniciativas da instituição em prol da educação e desenvolvimento tecnológico do país e quando surgiu o convite para falar em Santa Rita do Sapucaí.
A palestra foi realizada no Teatro do Inatel para uma plateia com mais de 800 pessoas da sociedade santaritense. O vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (Novo), e o secretário de Governo, Bilac Pinto (DEM), estiveram presentes.
“Apenas uma sociedade forte e unida vai fazer superar esses desafios”, afirmou o vice-presidente ao dizer que “hoje os mares são turbulentos”. Mourão disse que é preciso resgatar a economia brasileira, restabelecer a confiança da população nas instituições. Para o Brasil se tornar “a mais vibrante e próspera democracia liberal do Hemisfério Sul”.
Após uma análise histórica da política mundial, destacando situações vividas em países como Venezuela, Bolívia e Chile, o vice-presidente passou a falar da realidade do Brasil, país com grande capacidade de geração de riquezas, com localização estratégica e ótima geografia, com dificuldade em transformar isso em poder. Apontou nichos de pobreza, “extremamente preocupantes”, e que tem que enfrentar uma infraestrutura que ficou parada no tempo.
CONTRA A REELEIÇÃO E PAÍS POLARIZADO
Ao comentar sobre a situação atual, o vice-presidente afirmou que o Brasil vive uma crise política ligada a questão psicossocial e disse ser contra a reeleição. “Eu considero que o instituto da reeleição não foi bom, não é bom. Cada governo tem que ter seus quatro anos. A alternância no poder considero como base para o sistema democrático”, afirmou.
Mourão disse também que a sociedade está dividida, muito por culpa das redes sociais, onde todo mundo quer emitir opinião, mesmo sem ter conhecimento e por cima temos o problema da divulgação e compartilhamento de notícias falsas os fakenews.
CRISE ECONÔMICA
Para o vice-presidente, a crise econômica começou com a promulgação da Constituição Federal de 1988. “O documento foi elaborado pensando no passado e no presente, sem pensar no futuro. Feita na pressão. Criou série de despensas, mas não mostrou de onde iria tirar as receitas”. A partir disso, disse, os governos criaram cada vez mais impostos. Porém, não são investidos como deveria e, as políticas adotadas nos últimos anos deixou o país endividado, sem condições de investimentos.
REFORMAS E PRIVATIZAÇÕES
O vice-presidente afirmou que o Brasil voltar a crescer e gerar empregos serão necessárias as reformas, como a da previdência que já foi aprovada e entrou em vigor, fazer a reforma tributária, desonerar a folha de pagamento e ainda desburocratizar e desregulamentar algumas leis. “Há um excesso de leis que travam a liberdade econômica. Não é você que tem que dizer que está certo. O Estado que tem que dizer que você está errado”.
O general Mourão ainda citou que é preciso abrir a economia brasileira, mas que isso está ligado à reforma tributária. Também afirmou que o governo irá dar continuidade nas privatizações.
Finalizou a palestra dizendo que o governo Bolsonaro busca “chegar ao equilíbrio fiscal e aumentar a produtividade. Criar a sensação de segurança para as pessoas saírem na rua sabendo que não terão problema. E lembrar que estamos por políticas de estado, que seja perene”.
“Nós que temos de sustentar a posição nos remédios ortodoxas que estamos empregando para que tenhamos receitas e despesas com superávit e tenhamos maior produtividade. Por consequência o país progrida, gere empregos, tire esses 13 milhões de pessoas da situação de desemprego. Mas para isso a gente precisa mudar, esse pacote é de nós todos”, finalizou a palestra.
O vice-presidente Hamilton Mourão deixou Santa Rita do Sapucaí sem fazer uma coletiva com a imprensa.
Fonte: Inatel/TM/JC
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