Nos braços de Francisco Fernandes Pereira sobraram apenas as cicatrizes de uma história de luta e sofrimento. Tudo começou em 2015, quando descobriu que sofria de uma anemia crônica, o que provocou nele problemas renais. Após uma consulta médica no Serviço de Nefrologia do Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL), Francisco teve que fazer o tratamento com diálise peritoneal. “Esse tratamento é uma modalidade que poucos conhecem, onde a diálise é feita pela barriga. Felizmente consegui todo o material para fazer em casa, além do equipamento e treinamentos necessários. Fiz a diálise por cerca de um ano e meio, quando em fevereiro de 2017 recebi a notícia de um doador de rim”, narra Francisco Pereira.
A partir de fevereiro de 2017 a história de lutas do Francisco muda. Ele tem uma nova oportunidade de vida com a doação de um novo rim. “Eu tenho agora três anos de transplante. É uma vida nova. Eu renasci. Foi um momento mágico. A emoção tomou conta da minha vida. Cai em prantos. Não conseguia nem falar com minha esposa de tanta alegria. Sou eternamente grato a família que doou o órgão para eu ter uma nova vida e ao Hospital Samuel Libânio, que proporcionou o meu renascimento”, conta Francisco Pereira, emocionado.
A enfermeira do HCSL, Margareth Teixeira, conhecida por Margô, acompanhou de perto a batalha enfrentada pelo Francisco. Ela atua no Serviço de Nefrologia do Hospital Samuel Libânio e assiste de perto a mudança de vida pós-transplante renal. O HCSL já realizou mais de 300 transplantes. “Cuidar desse paciente depois que ele recebe o transplante de rim é muito gratificante. É uma mudança de vida. Ele deixa a máquina para viver uma vida nova. O transplante não é a cura, é um tratamento que exige cuidados, onde o paciente fica livre da máquina, porém o contato do transplantado com o Hospital é para o resto da vida, com um diferencial, a qualidade de vida melhora muito”, aponta a enfermeira Margô.
A médica nefrologista Yara Gracia Lorena, que é a responsável pelo Serviço de Nefrologia do HCSL, comemora o número 300 de transplantes renais já realizados no Hospital. A profissional lembra da qualidade dos serviços prestados pela instituição, mas lamenta a falta de doadores de rim para ampliar esse número de transplantados. “Temos uma equipe capacitada e gabaritada, uma das melhores do Brasil, porém nos falta o principal, os doadores. Precisamos que as famílias se conscientizem da importância de serem doadores de órgãos. Vejam a história do Francisco. Ele teve uma vida nova, graças ao rim recebido. Quanto mais doadores, mais vidas salvamos”, diz a nefrologista Yara Gracia.
A diretora administrativa do HCSL, Jusselma Paiva Reis, lembra que o Hospital das Clínicas Samuel Libânio é referência em Minas Gerais no transplante renal. “Ao longo desses anos de habilitação, o Hospital Samuel Libânio já realizou mais de 300 transplantes. Ficamos muito lisonjeados com o reconhecimento dos pacientes no tratamento e acompanhamento de nossos serviços aqui prestados”, finaliza Jusselma Reis.
Por Lucas Silveira
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