Quem diria que a dupla que estava no Hotel Sheratton, em Assunção, fosse um velho conhecido dos brasileiros, nada mais nada menos que Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto Assis. A dupla que estava em Assunção no Paraguai foram detidos após audiência perante o juiz no Palácio da Justiça. De lá, foram encaminhados ao Grupo Especializado da Polícia Nacional, à disposição do Ministério Público.
O magistrado Mirko Valinotti havia negado o pedido de detenção, e Ronaldinho já tinha passagem comprada para voltar ao Brasil. Entretanto, a pedido da Procuradoria Geral do Paraguai, a justiça voltou atrás e determinou ordem de prisão para os irmãos.
Tal detenção é usada como forma de evitar a saída dos irmãos do país enquanto os documentos falsos são investigados. Na quarta-feira, eles entraram no Paraguai com passaportes que lhes qualificavam com nacionalidade paraguaia.
Na quinta-feira, o fiscal Federico Delfino afirmou que Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Roberto Assis, não seriam presos por entrarem com documentos falsos no Paraguai, tendo apenas que pagarem uma “multa social”. Entretanto, o juiz responsável pelo caso tomou decisão totalmente contrária nesta sexta-feira, 07 de março.
Entenda o caso
Ronaldinho Gaúcho e o seu irmão Roberto Assis foram presos na noite desta sexta-feira 8 de março, em Assunção, no Paraguai. A ação no hotel Sheraton foi realizada por ordem de Milko Valinotti, juiz criminal de Garantias, a pedido da Procuradoria-Geral. A atitude foi tomada para evitar que os dois pudessem sair do país depois da decisão de que ambos continuarão sendo investigados por usar documentos falsos no país.
O ex-jogador e o irmão foram encaminhados para o Agrupamento Especializado, delegacia em Assunção, para aguardar o andamento do processo. “A ordem de detenção foi cumprida”, afirmou Gilberto Freitas, chefe da unidade de investigações da polícia paraguaia. A prisão contou ainda com participação de Osmar Legal, fiscal da unidade de lavagem de dinheiro do Paraguai.
O juiz Milko Valinotti havia rejeitado o pedido apresentado pelo Ministério Público para livrar os irmãos, que não estariam diretamente envolvidos no caso. Os promotores Federico Delfino e Alicia Sapriza, encarregados de investigar o uso de documentos de conteúdo falso, solicitaram uma saída processual de Ronaldinho e Assis na quinta-feira.
O Ministério Público Paraguai informou que a detenção tem caráter preventivo. Nesta sexta-feira 8, Ronaldinho e o irmão prestaram depoimento à Justiça por quase oito horas. Valinotti decidiu deixá-los nas mãos da Procuradoria-Geral. A procuradora-geral Sandra Quiñónez quem determinará se aceita ou não o que foi solicitado pelos promotores.
Ronaldinho e o irmão deixaram o Tribunal de Assunção, localizado no Bairro da Saxônia, a poucos quarteirões do Estádio Defensores del Chaco, sem dar declarações à imprensa. Eles estavam acompanhados de advogados, que também evitaram contato com os jornalistas que ali compareceram em massa. A prisão aconteceu quando os dois haviam trocado de hotel, indo para o Sheraton.
Na manhã de sexta-feira, o promotor Delfino chegou a declarar que os investigadores detectaram que o pedido de naturalização paraguaia de Ronaldinho e o irmão Assis foi registrado no Departamento de Migração. O ex-jogador brasileiro e famoso e seu irmão que atua como seu empresário disseram que não solicitaram esse procedimento e o Ministério Público, então, anunciará que investigará um possível esquema de falsificação de documentos que envolve funcionários públicos e pessoas do setor privado.
Direto da Redação com informações colhidas na Internet e Redes de Notícias ABN
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