O mês de maio chegou e com ele muitas reclamações sobre aumentos abusivos nas contas das tarifas públicas. Mesmo reconhecendo que está ficando mais em casa em função da pandemia de COVID-19 e, por isso, consumindo mais luz e água, por exemplo, há quem considere que os valores subiram mais que efetivamente gasto, o que é negado pelas empresas fornecedoras, que pedem consumo consciente. Para completar, os consumidores pedem mais agilidade na análise das reclamações.
Muita gente tem visto o valor da conta de luz e água saltar de forma exagerada e a desculpa tem sido o isolamento social, principalmente entre março e abril. As contas segundo reclamações que chegam a redação do JC já são bem altas para um padrão elevado por causa do covid 19 que mantém as pessoas dentro de seus lares. Já existe a rotina do home office e, portanto, a pandemia é que os mantém em casa, e isto não deveria ter tido um impacto tão considerável assim na conta de energia das casas, em momento que muitos estão impossibilitados de trabalhar, afirmou uma moradora de um bairro, cujo gasto com energia elétrica saiu de R$ 187 para R$ 519. Há quem reclame mesmo ter recebido cobrança alta mesmo sem ter consumido tanto assim.
Contas mais altas
Para as empresas, é preciso que as pessoas fiquem atentas ao consumo, comparando com contas anteriores. E também que busquem forma de economizar neste período de pandemia, até porque quanto mais se gasta, mais caro fica o serviço.
“As pessoas estão mais tempo em casa, consumindo ali a água que consumiriam no trabalho, no escritório, na escola. A tarifa de água é definida de forma crescente. Há faixas de valor a cada 5 metros cúbicos consumidos, até 20 metros cúbicos. Depois, uma faixa de 20 metros cúbicos até 40 metros cúbicos. Daí em diante é um valor só para os clientes residenciais. Foi pensado desse jeito porque a água é um bem finito, por mais que achem que está disponível na natureza. É para desincentivar o consumo mesmo. Quando uma pessoa passa de uma faixa para outra, ela precisa perceber isso”, explica Cristiane Schwanka, diretora de Relacionamento e Mercado da Copasa.
Ela garante que como a tarifa só sofre reajuste uma vez por ano, depois que a agência reguladora analisa os gastos com insumos para captar, tratar e distribuir água, além de tratar o esgoto. Então o aumento que alguns reclamam pode ter sido causado pelo fato de o consumo ter migrado para faixa superior. “Muita gente ainda lava passeio com água tratada. É uma água que tem flúor, imagina o desperdício. É um uso inadequado, assim como lavar carros”, argumenta.
Na Cemig, a instrução também é comparar o consumo com os meses anteriores. Os valores também podem variar de acordo com o número de dias, que pode ser maior em função de feriados, como ocorreu em abril, por exemplo, quando tivemos a Semana Santa e o Dia de Tiradentes.
“O aumento de consumo é percebido pelo consumidor pelo aumento do valor em reais na fatura. Não tivemos reajuste, não tivemos acréscimo de qualquer taxa. O que estamos falando é que se a fatura aumentou é porque o consumo aumentou. É bom ficar atento ao período de leitura, há uma variação permitida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e isso afeta o valor”, afirma Thiago Douglas Batista, engenheiro de Eficiência Energética da Cemig.
A empresa de energia elétrica também destaca a importância de ter bons hábitos não só para economizar dinheiro, mas também para preservar o meio ambiente. “É importante ficar atento às dicas para gastar menos energia. A pessoa pode trocar os equipamentos por outros mais eficientes, segundo o selo Procel. Outra vertente é o comportamento, cuja mudança pode gerar muita economia. Desde usar luz natural até verificar as condições de vedação da geladeira. No chuveiro, é importante reduzir o tempo do banho, além de colocar a chave na posição verão, que reduz a potência em 30%.”
Canais de atendimentos
Tanto Cemig quanto a Copasa disponibilizam canais de atendimento aos consumidores que tenham dúvidas e questionamentos: cemig.com.br e copasa.com.br. O problema é que há reclamações de demora nas respostas, o que tem irritado os clientes. O maior problema é não conseguir falar com nenhum dos canais de atendimento da Cemig ou da Copasa. E quando atendem pelo telefone te deixam horas esperando. E a promessa é que vão tomar providências, coisas que jamais acontecem. É o o exemplo do álcool gel, antes da pandemia era um preço, quase que de graça, hoje os preços são abusivos e fora da realidade dos consumidores. Coisas de Brasileiros e de autoridades governamentais que não congelam preços de coisas básicas num momento de necessidade onde a regra numero um é ficar em casa.
Direto da Redação com complementação da AN/EM – Fotos ilustrativas
DEIXE SEU COMENTÁRIO | Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site.