A Santa Missa em seu Lar, hoje foi presidida pelo Reverendo Frei Simeão Pereira de Lima que nos fala sobre a Festa de Pentecostes. “
Meus irmãos e minhas irmãs em Cristo, apesar do momento que atravessamos, uma crise, por causa da pandemia, vivemos hoje nesta celebração a grande festa da Igreja: a manifestação do Espírito Santo sobre a Igreja nascente. É o Espírito Santo que anima e que ilumina a vida da comunidade e dos fiéis cristãos espalhados por todo o planeta.
Em nossa reflexão há uma indagação: Pentecostes seria o aniversário da Igreja? E podemos responder que de certa forma sim. O que sabemos é que a primeira comunidade foi reunida por Jesus e seus apóstolos durante a sua vida quando esteve em nosso meio.
Mas há também um momento especial que foi decisivo, para a humanidade, a data de Pentecostes, e isso ocorreu, depois da morte e ressurreição de Jesus, quando começou a proclamação ao mundo inteiro da Salvação por meio de Jesus Cristo, morto e ressuscitado.
Para os antigos judeus, Pentecostes era o aniversário da proclamação da lei no monte Sinai: esta proclamação constituiu, por assim dizer, Israel como povo, deu-lhe uma “constituição”. De modo semelhante, quando os apóstolos proclamam no dia de Pentecostes a salvação em Jesus Cristo, é constituído o novo povo de Deus. Não só Israel, mas todos os povos agora alcançados, cada um em sua própria língua, conforme nos ensina a primeira leitura.
Frei Simeão aborda o assunto com muita peculiaridade em sua homilia falando nos sobre O Espírito (força de Deus) apresentado a todos em forma de língua de fogo. Uma expressão da identidade cultural não de um grupo humano, mas uma maneira espetacular de se comunicar, de estabelecer laços duradouros entre as pessoas, de criar comunidades.
“Falar outras línguas” é criar relações, possibilidades de se superar em todos os sentidos, contra o egoísmo, a divisão, o racismo, a marginalização… Na solenidade de Pentecostes o surgimento de uma humanidade unida, não pela força, mas pela partilha da mesma experiência interior, fonte de liberdade, de comunhão, de amor. A Festa de Pentecostes e a presença do Espírito Santo modifica profundamente as relações humanas, levando à partilha, à relação, ao amor.
Jesus conhecia também a mente e o coração das pessoas e sabia que sozinhos, os homens não seriam capazes de conhecer e viver a verdade evangélica. Jesus conhece, a forte tendência da criatura humana para o egoismo e para a falta de fé de alguns. O Reino dos Céus estende-se na direção oposta ao egoísmo: formando uma rede de comunidade, frente ao universalismo que vivemos, por isso a Fraternidade Católica, se torna também universal, onde o Espírito Santo habita, age e vivifica.
Que façamos desta celebração de hoje, com todos os problemas que estamos enfrentando com o coronavírus, um motivo também de festa e alegria. Cristo ressuscitou e está sentado à direita do Deus Pai todo poderoso. Não nos deixou órfãos, nos enviou o Espírito Santo e nos deu uma ordem de levar o Evangelho a toda criatura. E é isso que estamos fazendo, levando até você, este momento importante da Solenidade de Pentecostes para que todos tenham vida e saúde, para que o amor de Jesus possa estar entre nós e nos abençoar.
Direto da Redação
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