O deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito na segunda, 1º de fevereiro novo presidente do Senado, substituindo David Alcolumbre (DEM-AP). Pacheco obteve 57 votos, contra os 21 da senadora Simone Tebet (MDB-MS). Ele chega à liderança da Casa contando tanto com uma declaração pública de “simpatia” do presidente Jair Bolsonaro quanto com o apoio de partidos da oposição, como PT e PDT.
Teve também o apoio de Alcolumbre, que o apresentou como alguém que não criaria problemas para o Planalto e garantiu o apoio de Bolsonaro ao candidato. Pacheco já viajou bastante com o presidente: integrou a comitiva presidencial em viagens ao Japão, China, Emirados Árabes Unidos, Catar e Arábia Saudita. Pacheco angariou até mesmo apoio dentro do MBD, partido que tinha a própria candidata à presidência do Senado, Simone Tebet (MDB-MS).
Nascido em Rondônia, Pacheco fez carreira profissional e política em Minas Gerais, onde atuou como advogado e onde foi eleito deputado federal pelo MDB e depois senador pelo DEM. Ao formalizar sua candidatura à presidência do Senado, Pacheco falou em “união” e disse que o Brasil precisa enfrentar as dificuldades trazidas pela pandemia.
Na segunda feira, disse à um veiculo de comunicação nacional que a atuação legislativa deve “se pautar no trinômio saúde pública, crescimento econômico e desenvolvimento social”. Pacheco já havia defendido, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que se retomasse a discussão sobre a volta do auxílio emergencial ou sobre um aumento no Bolsa Família.
Herdeiro do ramo de transportes
Em Minas Gerais a família de Pacheco é dona de empresas no ramo de transporte rodoviários, das quais ele é herdeiro. No ano passado, o ex-deputado Arnaldo Silva Júnior, próximo ao senador Pacheco e assessor de seu gabinete, se tornou o novo diretor da ANTT (Agência Nacional de Transportes), órgão regulador da área de transporte — e que tem como uma das atribuições fiscalizar empresas do ramo, incluindo as da família de Pacheco.
O Ministério da Infraestrutura e a Secretaria-Geral da Presidência da República fizeram a nomeação, que contraria a Lei das Agências Regulatórias — pela lei, políticos não podem ser indicados à diretoria de órgãos reguladores. Silva Júnior não tem experiência no setor de transporte, mas a Secretaria-Geral da Presidência afirmou que ele “preenchia os requisitos para o cargo”.
Eleito com 57 dos 78 votos, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) é o novo presidente do Senado Federal para o biênio 2021-2022. A senadora Simone Tebet obteve 21 votos. Os senadores Major Olimpio (PSL-SP), Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Lasier Martins (Podemos-RS) retiraram suas candidaturas e apoiaram Tebet antes da votação.
Fonte: Agência Senado
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