Por causa dos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) reconheceu estado de calamidade pública em mais 22 cidades mineiras e prorrogou a condição em outros 77 municípios, durante reunião extraordinária na manhã desta quinta-feira (04/03). Nos dois casos, o prazo vai até 30 de junho de 2021. Veja a lista completa das cidades ao fim desta matéria.
O reconhecimento de calamidade pública atende aos requisitos das devidas prefeituras. Nessa situação, os Executivos municipais podem trabalhar com maior flexibilização da lei de responsabilidade fiscal e fazer, por exemplo, contratações temporárias e sem licitação como medidas emergenciais.
Na série de votações para aprovação ou veto do estado de calamidade nos devidos municípios, somente dois deputados estaduais se colocaram contra – Bartô (Novo) e João Vítor Xavier (Cidadania) – e um votou em branco – Guilherme da Cunha (Novo) – , enquanto os demais parlamentares votaram a favor. O relator de todos os projetos, de autoria da ALMG, foi Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), que encaminhou pelo reconhecimento e prorrogação do estado de calamidade.
Segundo dados divulgados nesta quinta. 04 de fevereiro, pela Secretaria de Estado de Saúde (Ses), Minas Gerais soma 901.535 casos de COVID-19 (7.890 nas últimas 24 horas) e 19.032 mortes (160 entre essa quarta e esta quinta) pelo vírus. Devido a um novo avanço do coronavírus, o Governo de Minas intensificou nessa quarta o plano de combate à pandemia, com direito a imposição de toque de recolher em cidades determinadas.
Veja as cidades em estado de calamidade pública por conta da COVID-19:
Entram em calamidade: Bicas, Carlos Chagas, Conceição da Barra de Minas, Coromandel, Inconfidentes, Itaguara, Itajubá, Itamonte, Itumirim, Juiz de Fora, Lagoa dos Patos, Lagoa Dourada, Lagoa Santa, Lavras, Lontra, Matipó, Mercês, Monte Carmelo, Ouro Fino, Santa Rita de Caldas, Tarumirim e Tupaciguara.
Prorrogam calamidade: Alvorada de Minas, Araguari, Barão de Cocais, Bela Vista de Minas, Belo Horizonte, Betim, Bias Fortes, Bocaiúva, Bom Despacho, Brumadinho, Buenópolis, Caeté, Campestre, Candeias, Capela Nova, Capinópolis, Carrancas, Contagem, Corinto, Coronel Xavier Chaves, Cristiano Otoni, Crucilândia, Curvelo, Delfinópolis, Divinópolis, Dores de Campos, Dores de Guanhães, Entre Rios de Minas, Francisco Sá, Glaucilândia, Goiabeira, Guaranésia, Ibiá, Ibiaí, Ibirité, Igarapé, Ipatinga, Itabirito, Itapecerica, João Monlevade, Muriaé, Nazareno, Nova Lima, Olhos D’água, Pará de Minas, Paraopeba, Piracema, Poços de Caldas, Porteirinha, Prados, Presidente Bernardes, Recreio, Ribeirão das Neves, Ritápolis, Rodeiro, Sabará, Santa Cruz de Minas, Santa Luzia, Santa Margarida, Santana da Vargem, Santos Dumont, São Gonçalo do Pará, São Gonçalo do Sapucaí, São João del-Rei, São João do Manhuaçu, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa, São Tiago, Sete Lagoas, Tiradentes, Três Corações, Três Marias, Ubá, Uberlândia, Unaí, Vespasiano e Viçosa.
Interior em colapso
Em Minas Gerais, cidades como Montes Claros (Norte), Pouso Alegre (Sul), Uberaba e Uberlândia (ambas no Triângulo) lutam contra a desassistência. Os níveis de ocupação de leitos têm crescido. Para deter o vírus o governador Romeu Zema (Novo) anunciou um pacote de restrições válido para as regiões Triângulo Norte e Noroeste. O toque de recolher compõe a série de ações.
Para Mandetta, ex-ministro da saúde, o avanço da doença está relacionado às aglomerações proporcionada pelos eventos de campanha eleitoral, ocorridos antes dos pleitos municipais de novembro passado. Promessas feitas por candidatos ajudaram a piorar o cenário
“Em setembro e outubro, a gente estava diminuindo. Quando o processo eleitoral termina, os casos começam a subir, pois política e eleição são encontros, reuniões e corpo a corpo. É típico da democracia. Depois, houve uma renovação, com muita gente que ganhou a eleição falando que não ia mais fazer restrições, que ia liberar geral, que aquilo era um absurdo, um exagero. Falando o que as pessoas queriam escutar. Os prefeitos que venceram com colocações do tipo ficaram presos a isso e, simplesmente, deixaram o barco correr no réveillon e no Natal”, explicou o ex-ministro. A outra falta de cuidados, vem agora após período de Carnaval onde faltou responsabilidades por parte de muitos que abusaram do feriado prolongado.
COMUNICADO NAS REDES SOCIAIS
O pico do vírus será entre os dias 06 a 20 de abril, se o pico dos casos for realmente nestes dias, a maioria das pessoas se contaminarão entre hoje e a próxima quarta-feira. Para que o pico seja mais brando, precisamos aumentar o Isolamento Social, evitando amigos, vizinhos e até familiares de uma aproximação. Então vamos estar alertados e colaborar para que este momento passe rápido sem trazer danos ás famílias.
Direto da Redação com informações da ANB/EM/JC/RS
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