Neste Domingo iluminados pela ressurreição de Jesus Cristo, que agora reina e vive, somos convidados a continuar trilhando o caminho da conversão. O verdadeiro discípulo, escuta a Palavra, adere à vontade de Deus e transforma seu modo de agir e pensar a partir do momento em que coloca em prova sua fé no salvador. É desafiado a viver o amor incondicional que transforma sua relação com Deus perante seus irmãos e irmãs confiantes no amor do Pai Celestial.
A liturgia deste domingo apresentado pelo Reverendo Neilo Machado nos trás uma esperança de Homens Novos que nasce da morte na cruz a ressurreição de Jesus: E com isso o nascimento da Igreja. A missão consiste em revelar aos homens a vida nova que brota a partir da ressurreição com a certeza que Jesus está vivo.
O povo manifesta o seu amor fraterno em gestos concretos de partilha e de dons, dessa forma, testemunha Jesus ressuscitado. Em seu discurso Pedro demonstra muita coragem ao acusar os que mataram o Justo por excelência, afirmando que Cristo continua vivo na comunidade, realizando, por meio dos seguidores, os gestos libertadores que realizou em vida.
No Evangelho sobressai a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da vida cristã; é à volta d’Ele que se estrutura e nos anima, nos permite enfrentar as dificuldades que estamos atravessando. Por outro lado, é na vida dos apóstolos (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho) que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo, que a profecia se cumpriu.
João nos apresenta, uma catequese sobre a presença de Jesus, vivo e ressuscitado, no meio dos discípulos em caminhada pela história. Não lhe interessa fazer uma descrição jornalística das aparições de Jesus ressuscitado aos discípulos; interessa-lhe, sobretudo, afirmar aos cristãos de todas as épocas que Cristo continua vivo e presente no meio deles, acompanhando sua Igreja.
De resto, cada crente pode fazer a experiência do encontro com o “Senhor” ressuscitado, sempre que celebra a fé com a sua capacidade de entendimento. O texto que nos é proposto divide-se em duas partes bem distintas. Na primeira parte (vers. 19-23), descreve-se uma “aparição” de Jesus aos discípulos. Depois de sugerir a situação de insegurança e de fragilidade em que estavam (o “anoitecer”, as “portas fechadas”, o “medo”), o autor nos apresenta Jesus “no centro” da comunidade.
Ao aparecer “no meio deles”, Jesus assume-se como ponto de referência, fator de unidade. Os apóstolos estão reunidos à volta dele, pois Ele é o centro das atenções, onde todos participam, isso lhes permitem vencer o “medo” e a hostilidade do mundo.
Esta comunidade fechada, trancada em casa, com medo, mergulhada nas trevas de um mundo hostil dos apóstolos, nos lembra muito os tempos de hoje, trancados em casa sem poder sair. Jesus aparece-lhes e transmite duplamente a paz; harmonia, serenidade, tranquilidade, confiança, vida plena. Assegura-se, assim, aos discípulos que venceu a morte, aquilo que os assustava (a opressão, a hostilidade do mundo); Depois do susto; Jesus revela a sua “identidade”: nas mãos e no lado trespassado, estão os sinais do seu amor e da sua entrega. É nesses sinais de amor e de doação que Tomé reconhece Jesus vivo e presente no seu meio.
Tomé acaba, no entanto, por fazer a experiência de Cristo vivo no interior do seu ser e de toda a comunidade. Porquê? Porque no “dia do Senhor” volta a estar com seus amigos. É uma alusão clara ao domingo, ao dia em que a comunidade é convocada para celebrar a Eucaristia: é neste encontro de amor fraterno, que o crente se converte e aceita Jesus como salvador, com o perdão dos irmãos, com a Palavra proclamada, com o pão de Jesus partilhado, com seu sangue que foi derramado. A experiência de Tomé não é exclusiva das primeiras testemunhas; dos apóstolos com quem convivia, mas de todos os cristãos, afinal seguir Jesus é muito fácil, mas o aceitar com determinadas regras chega a ser quase impossível. E ele está sempre a nos dizer: Vem e segue-me! Pegue a sua cruz e siga-me!
Assim caminha a humanidade, animados pela esperança que brota tendo ao seu lado, o Cristo, vivo e ressuscitado. Não devemos, nunca, esquecer esta realidade. Onde houver dois ou três reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles.
A presença de Cristo ao nosso lado é sempre uma presença renovadora e transformadora. É esse Espírito que Jesus oferece continuamente aos seus, que faz de nós homens e mulheres novos, capazes de amar até ao fim, ao jeito de Jesus; é esse Espírito que Jesus oferece aos seus, que os fazem testemunhas do amor de Deus e que lhes dá a coragem e a generosidade para continuarem no mundo a obra de Jesus, aceitando a sua igreja como regra de fé.
Sem Jesus, nada somos! Incapazes de encontrar a vida em plenitude sofremos com ele os martírios da cruz; sem Ele, seremos um rebanho de gente assustada, incapazes de enfrentar o mundo e de ter uma atitude construtiva e transformadora; sem Ele, estaremos divididos, em conflito, e não seremos uma comunidade de irmãos… Cristo verdadeiramente têm que continuar sendo o centro de nossas vidas? É para Ele que tudo tende e é d’Ele que tudo parte? Quem não se ajunta, se espalha!
E digo mais! É nos gestos de amor, de partilha, de serviço, de encontro, de fraternidade (no “lado trespassado” nas chagas de Jesus, como Tomé, que encontraremos as expressões do seu amor), que encontramos Jesus vivo, a transformar e a renovar o mundo mesmo com toda essa pandemia, que nos deprime e mete-nos medo e terror, è como se a morte, estivesse rondando-nos o tempo todo, a qualquer momento, a qualquer encontro! Onde basta apenas um pequeno descuido. E temos que estar alertas e vigilantes perante a Covid.
A missa de hoje é para meditarmos na Palavra de Deus. Meditá-la Individualmente. Os discípulos naquele dia passaram do medo à alegria, e bastou-lhes uma única palavra – “a paz esteja convosco”. Bastou-lhes um sopro, o do Espírito de Cristo, para se tornarem embaixadores da reconciliação. Tomé, um caso a parte como muitos, aqueles que precisam ver para crer, que espera e aguarda, que não confia nas visões dos amigos. Este passou da dúvida à fé, basta-lhe ver e tocar o que Cristo lhe ofereceu na época, então ele crê. “Há muitos outros sinais” cumpridos pelo Ressuscitado. Aqui passemos do questionamento à afirmação. “Meu Senhor e meu Deus!”.
A dúvida, faz parte da fé de Tomé, ele teve o seu tempo para analisar e perceber, sentir e tocar. Mas chega um momento que este tempo termina. mia, apenas das recomendações, muitos não acreditam que possam ser a próxima vítima… A sua dúvida não é fechada, exprime um desejo de ser apoiada na fé. “Deixar de ser incrédulo”. Prosseguir seus objetivos deve ser a meta de todos os bem-aventurados.
Mais do que uma reprovação, Jesus dirige-lhe um convite a ter uma confiança maior, e diz lhe claramente: “Felizes os que não precisam ver para crer”. Então, o Tomé da dúvida torna-se o Tomé que proclama a sua fé como nenhum dos seus discípulos o fez. Ele grita: “Meu Senhor e meu Deus!” A Igreja não abandonará jamais esta profissão de fé. Hoje ainda, ela termina grande parte das orações dirigidas ao Pai, dizendo: “Por Jesus Cristo, vosso Filho, nosso Deus e Senhor”. São as próprias palavras de Tomé que alimentam a fé e a oração da Igreja. Então neste domingo de reflexão só temos duas alternativas: crer ou duvidar, porque os tempos são outros e é, a fé que alimenta nossa alma, portanto, todo cuidado é pouco, Meu Senhor e meu Deus, olhai por todos nós.
Direto da Santa Missa
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