As palavras do Apóstolo são animadoras: “estou compreendendo que Deus não faz distinção entre as pessoas”. Deus olha o coração! O cristianismo não é uma religião sectária (feita de grupinhos fechados), movida pelo ódio ou desejo de segregação. Na época de Jesus, muita gente pensava assim. Mas estavam erradas! Quando Deus escolheu Abraão e sua descendência, Ele queria abençoar e chamar todos os povos da terra. Somos uma Igreja de portas abertas, amorosa, acolhedora e missionária.
– A primeira carta de São João pode ser dividida em 3 partes: Caminhar na luz; Viver como filhos de
Deus; Praticar atos de caridade e de fé. Toda a obra de Deus é movida pelo amor. Como dizia São Tomás: “O Bem se espalha”. A caridade, que é o amor verdadeiro e amadurecido, nos chegou pelo Espírito Santo já no dia do Batismo. Deus é amor e a fonte do amor. Não há outra! Se eu e você temos caridade no coração é porque ela veio de Deus. E esse amor deve ser cultivado nas mais diversas formas de nossa vida de fé.
Deus está com todos aqueles que o procuram de coração sincero e praticam a justiça, sem fazer caso das separações entre povos e credos. O anuncio do Evangelho não pode se submeter a restrições culturais ou de qualquer outro tipo. O Espírito Santo não está reservado só a alguns, mas é dom precioso destinado a todos e infundido em quantos acolhem a mensagem do Evangelho.
Na segunda leitura o autor afirma que Deus é amor, e o gesto mais concreto que manifesta essa verdade é o envio do Filho para que tenhamos vida. O amor está no coração da vida cristã; sem amor ela não subsiste. Deus nada pede para si; pede apenas que amemos as pessoas como ele nos ama.
– A sua nascente é o amor do Pai pelo Filho no Espírito Santo. É amor que, pelo Filho, desce sobre nós. É amor criador, pelo qual existimos; amor redentor, pelo qual somos recriados. Amor revelado e vivido por Cristo, e derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5,5). Destinatários do amor de Deus, os homens são constituídos sujeitos de caridade, chamados a fazerem-se eles mesmos instrumentos da graça, para difundir a caridade de Deus e tecer redes de caridade.
– João diz: “Deus enviou o seu Filho único ao mundo para que tenhamos vida por meio dele”. E acrescenta: “enviou seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados”. Tudo em Deus é amor. Nós, cristãos, estamos ligados de maneira única e intensa ao próprio Jesus. Ele é a videira e nós, os ramos. Por isso, Jesus nos chama de amigos. Ele quer discípulos que O acompanham por toda parte, que levem sua palavra a outros, seu espírito e seu amor são para serem doados. Os batizados prolongam a presença e ação do Messias.
Se não temos um amor sincero, capaz de doar e comprometer solidariamente, falharemos em nossa
missão. O culto sincero e humilde a Deus “leva, não à discriminação, ao ódio e à violência, mas ao
respeito pela sacralidade da vida, ao respeito pela dignidade e a liberdade dos outros e a um solícito
compromisso em prol do bem-estar de todos”. Na realidade, “aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor” (1 Jo 4, 8).
O Evangelho de hoje, desta missa especial ao Dia das Mães, esta voltado aos ensinamentos que vimos na segunda leitura; ao amor que deve existir entre os membros da comunidade. Aqui o exemplo nos é dado pelo próprio Jesus, que nos convida a aprender dele a amar sem distinção, assim como ele aprendeu do Pai. Para isso, faz se necessário estamos permanentemente unidos a Jesus, permanecermos nele. Extrairmos a seiva que nos dá força para amar os outros e nos levar a assumir sua prática. Não é amor de contrato, mas amor gratuito, de quem se doa porque simplesmente ama, sem esperar nada em troca. Com tem sido pelos filhos o amor de uma Mãe.
– E se o mestre espera algo em troca, é tão somente que experimentemos também seu amor, por isso nos diz, uma vez mais, que nos amemos uns aos outros. Não de qualquer jeito, não com teorias, mas como ele mesmo nos amou. Nossa felicidade, caríssimos irmãos e irmãs, terá enfim, o tamanho das amizades que nosso amor tiver construído. Afinal, viver entre nós o amor maior dos amigos que dão a vida significa, em outras palavras, “permanecer no amor” de Deus, confiando naquele e naquela que se fez amigo e amiga de todas as horas.
As convicções religiosas sobre o sentido sagrado da vida humana consentem-nos “reconhecer os
valores fundamentais da nossa humanidade comum, valores em nome dos quais se pode e deve colaborar, construir e dialogar, perdoar e crescer, permitindo que o conjunto das diferentes vozes forme um canto nobre e harmonioso, e não gritos fanáticos de ódio”. Ame Jesus! Ame seu próximo como a si mesmo. Ame verdadeiramente sua Mãe…
Direto da Santa Missa
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