Quem é que, vivendo sobre a face da Terra, pode dizer que jamais passou por um dia difícil? Essa é uma questão abordada por Delanne Lavarini no programa desta semana. Desde que estejamos gozando de perfeita lucidez, não poderemos negar que já superamos, não um só, mas muitos dias de dificuldades.
Portanto, nos dias difíceis que se apresentam, lembremo-nos de outros semelhantes que vencemos. Depois de superadas as lutas, que nos pareciam insuperáveis, não sabemos explicar a nós mesmos de que modo vencemos. Nem mesmo de que fonte retiramos as forças necessárias para nos sustentar, durante e depois das problemáticas sofridas.
Vimos a doença no ente amado assumir gravidade estranha e, sem que lográssemos penetrar o fenômeno em todos os detalhes, surgiram a medicação e a providência ideais que o livraram da morte. Estamos atravessando momentos de pandemia. Experimentamos a visita do desânimo, à frente dos obstáculos que se agravaram à nossa frente, mas, sem que nos déssemos conta do amparo recebido, deixamos o desalento das trevas e regressamos à luz da esperança.
Crises dos sentimentos que pareciam invencíveis, pelo teor de angústia com que nos alcançaram a alma, desapareceram como por encanto sem que conseguíssemos definir a intervenção libertadora que nos restituiu a tranquilidade. Sofremos a ausência de seres imensamente queridos, chamados pela desencarnação para tarefas inadiáveis em outras faixas da experiência.
No entanto, sem que tivéssemos que empreender qualquer esforço, outras almas abençoadas apareceram, nutrindo-nos o coração com edificante apoio afetivo. Dessa forma, ante as tormentas que estejamos atravessando, consideremos as dificuldades já vividas e compreenderemos que Deus, cujo infinito amor nos sustentou ontem, nos sustentará hoje, e nos sustentará amanhã.
Para isso, somente é preciso que tenhamos a alma receptiva, para entender a ajuda que Deus nos direciona. E, por fim, que nos mantenhamos fiéis no cumprimento de nossas obrigações. Talvez nos perguntemos: Teremos caminhado sozinhos, nesses momentos? O Mestre nos terá abandonado? Então, Ele, o Amigo fiel de todas as horas, nos responderá: Não, meu filho, jamais o abandonei. Sou o Bom Pastor e carrego a ovelha ferida, em Meus ombros.
Direto da Redação Momento Espírita
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