O anúncio do nascimento do Salvador aos pastores pelos anjos, mostra que as promessas divinas a Israel se cumprem: na Cidade de Davi nasce o novo e definitivo rei, o Ungido de Deus, o libertador do povo eleito. Podemos contemplar o alcance Universal do acontecimento de Belém: os magos, guiados pela estrela, testemunham que o pequeno Menino se mostra como o Redentor de todo o gênero humano, e seu poder se estende a todo o Universo! As profecias se cumprem não apenas em relação à descendência de Abraão, mas para todos os filhos de Deus!
O Evangelho apresenta uma narrativa singular. Mateus reveste o episódio do Natal de um tom simbólico ao mesmo tempo rico e profundo. Os magos são investigadores e conhecedores dos fenômenos astronômicos. Sua origem é o “oriente”, terra da sabedoria. Atraídos pela curiosa estrela no céu, na verdade, simbolizam a humanidade inteira que se deixa atrair pela luz do Senhor, único capaz de esclarecer a verdade do homem e do mundo. Buscam a sabedoria divina, que confunde a sabedoria humana, e se expressa no nascimento prodigioso do Menino Deus não entre os muros de Jerusalém, mas no silêncio e na pobreza da vila de Belém, confirmando as Escrituras. No encontro com o Senhor, o seu coração se enche de alegria, sua vida é transformada. A contemplação do mistério da presença embaraçosamente frágil de Deus na criança recém-nascida os leva a uma singela e profunda adoração.
Podemos, assim, melhor entender a missão da Igreja, à luz da missão do próprio Jesus: “Cristo é a luz dos povos… que a luz de Cristo, refletida na face da Igreja ilumine todos os homens… porque a Igreja é em Cristo como que sacramento, isto é, sinal e instrumento da união íntima de Deus e da unidade de todo o gênero humano” (cf. Lumen Gentium 1). Em Cristo não há espaço para brigas e divisões: somos todos um só povo de irmãos!
Os presentes dos magos representam a natureza e a missão de Jesus: o ouro manifesta sua realeza e soberania; o incenso, sua divindade e sua missão sacerdotal; a mirra, sua humanidade, prefigurando já sua paixão e morte. Ao retornar para casa, os sábios tomam outro caminho. Muitas vezes, por decisão própria aderimos a um novo caminho para seguir Jesus definitivamente.
Os magos ao tomarem um novo caminho, Testemunham, para nós, que todo aquele que faz um encontro verdadeiro com Jesus não é mais o mesmo, mas é transformado, iluminado, e já não pode seguir as mesmas estradas de antes. Em Cristo, somos nova criatura! Que sejamos capazes, na força do evangelho, de comunicar a alegria de pertencer ao Senhor verdadeiramente por pura convicção que encontramos a verdade, renovando a adesão da nossa vida à proposta do seu Reino de amor.
Os reis magos saíram de suas casas com o melhor presente que poderiam dar, preparados para encontrar um palácio ou uma mansão. Seguiram a estrela até chegar ao lugar onde o rei dos judeus deveria nascer, e encontraram um estábulo, humilde, simples, pobre; o rei deitado numa manjedoura de palha. Lá estava um jovem casal e um bebê recém-nascido. Os reis magos devem ter parado por um momento para contemplar essa cena única na história da humanidade. Naquele momento, eles estavam representando a cada um de nós, na nossa vontade de prestar uma homenagem ao nosso rei, que acabara de nascer. Tão simples cena, tão grande gesto, ali estava humilde o filho de Deus.
Direto dos Estúdios da TV Jornal da Cidade – Santa Missa em seu Lar
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