O lockdown na China, por conta do aumento no número de novos casos da Covid-19 nas últimas semanas, tem trazido sérios prejuízos ao mundo, e consequentemente ao Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL), em Pouso Alegre, que precisa de alguns medicamentos importados para a realização de cirurgias eletivas.
Mesmo com toda essa dificuldade, o HCSL realizou mais de 540 cirurgias eletivas de média complexidade nos primeiros três meses de 2022, superando a meta estabelecida pela Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais. As cirurgias gerais, de ortopedia, de pele, urológicas, ginecológicas, entre outras estão sendo realizadas diariamente, pois nos piores momentos da pandemia da Covid-19, tratamentos e cirurgias de outras doenças ficaram para depois, mas o depois chegou e toda a demanda represada está acumulada na rede pública.
Além do excesso de procura, outro problema está dificultando a retomada do atendimento normal. Faltam medicamentos em hospitais, e isso também está atrasando cirurgias e tratamentos, principalmente pela falta de contraste e alguns medicamentos devido ao Lockdown na China. Faltam medicamentos e insumos, como: fenoterol, manitol, salbutamol; e até soro fisiológico.
Por conta dessas faltas, algumas cirurgias eletivas estão sendo adiadas. As principais cirurgias eletivas que acabam sendo adiadas são as cirurgias gerais, que são as hérnias, as pedras nas vesículas, cirurgias urológicas – cálculo renal, conhecida como pedra no rim -, e também as cirurgias de varizes. Cirurgias neurológicas e cardiológicas são afetadas pela falta de contraste. “As cirurgias de câncer são sempre tratadas como procedimentos prioritários, sabemos que temos uma fila aumentada”, explica o diretor Técnico do HCSL, Alexandre Hueb.
Na fabricação de medicamentos no Brasil, 60% dos princípios ativos são importados da China e da Índia. Por causa da pandemia, a produção desses dois países diminuiu e que essa dependência da matéria-prima importada é o problema. “Como o Ministério da Saúde coordena a política nacional de insumos, dentre eles dos medicamentos, cabe ao Ministério da Saúde estabelecer novas parcerias, para que a gente possa ter o mercado nacional suprido dessa necessidade desses medicamentos”, finaliza.
Ascom FUVS
DEIXE SEU COMENTÁRIO | Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site.