O Evangelho de hoje nos afirma que Jesus estava rezando num lugar retirado…” (Lc 9,18). A gente que acompanha os passos de Jesus percebe que Sempre que Jesus vai realizar algo importante, Ele se retira e reza. A oração de Jesus é uma invocação para que a sua atitude esteja de acordo com a vontade do Pai. Orar é mais do que pedir. Orar é unir-se à presença amorosa de Deus. Por isso a importância de dedicarmos uma parte da sagrada celebração para fazermos os nossos pedidos de oração.
Permitir que Ele invada e tome conta de nossa vida. Após rezar, Jesus fez a pergunta: “Quem diz o povo que eu sou?” E depois uma segunda pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Jesus não estava preocupado com a sua própria imagem. Ele desejava saber se os discípulos tinham entendido o significado de sua vida e missão.
As mesmas perguntas são dirigidas a nós nos dias atuais: O que pensamos sobre Jesus? Quem Ele é para nós? Entendemos seu projeto e missão? O que falamos d’Ele para os outros?
Pedro reconheceu que Jesus é o Cristo de Deus. Mas, ainda não tinha entendido bem o que havia proclamado. Para Pedro, o Cristo era o vencedor absoluto dos poderes deste mundo. Era uma imagem bem longe de um profeta do Reino. Ele seria capaz de mostrar a sua fraqueza e de assumir a humilhação da cruz. Também nós, muitas vezes, professamos “Jesus Cristo é o Senhor” de maneira superficial. Também carregamos imagens deformadas sobre a pessoa de Jesus. Por vezes, queremos o Cristo glorioso e poderoso, mas não aceitamos o Cristo da cruz, solidário com os pobres e que nos convida a assumir a mesma missão.
O mistério do “Cristo de Deus” vai além de nossas ideias, expectativas e seguranças. Constantemente, devemos retomar seus ensinamentos e atitudes para uma conversão mais profunda. Um destes ensinamentos é o mistério da cruz. Jesus diz: “Se alguém quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz a cada dia e siga-me”.
Renunciar a si mesmo é lutar contra a comodidade. É não se preocupar em demasia consigo mesmo. Tomar a “cruz a cada dia” significa assumir como nossa, a missão de libertar, salvar e curar como Jesus fez. Muitos poucos se importam de fato com isso. Até onde podemos medir a nossa condição de propagar a mensagem de Jesus ao mundo?
Cada momento de nossa vida tem sua cruz. Ora é a dor que chega pela normalidade da nossa existência, ora é a escolha pelo doloroso caminho do amor e da verdade: lutar pelos valores, clamar pela justiça, exigir a verdade e a coerência, pedir a honestidade. Ser de fato sincero a vocação e ao chamado de Deus para o seu ministério. Tudo isso é carregar a cruz do Cristo.
Que o Cristo de Deus nos ajude nesta missão de testemunhas do Reino. Que sua Palavra ouvida e meditada ilumine nossas escolhas. Imitando Jesus, saibamos ser solidários com todos que carregam sua cruz para viver uma vida digna de amor ao próximo.
Direto da Santa Missa em Seu Lar
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