O Brasil está de luto Morreu na madrugada de hoje aos 84 anos Jô Soares. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 28 de julho. A informação foi confirmada por sua ex-mulher Flávia Pedras nas redes sociais. A causa da morte de José Eugênio Soares ainda não foi divulgada. O velório não será aberto ao público.
“Faleceu na madrugada desta noite, 05 de agosto o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares. Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados. O funeral será apenas para família e amigos próximos”, escreveu Flávia em seu Instagram. Em sua homenagem ao ex-companheiro, ela agradeceu Jô pelas risadas e declarou amor eterno.
Um beijo do gordo! Com esse bordão, o carioca Jô Soares, nascido em 16 de janeiro de 1938, será lembrado por grande parte dos brasileiros que acompanharam sua trajetória como humorista, ator, apresentador, diretor e escritor desde que estreou na TV no elenco da Praça da Alegria, na TV Record em 1956.
Multiartista, Jô Soares, como ficou conhecido, era filho único do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e da dona de casa Mercedes Pereira Leal.
Bisneto do conselheiro Filipe José Pereira Leal, diplomata e político que, no Brasil Imperial, foi governador do Estado do Espírito Santo, o menino José Eugênio sonhava fazer carreira no Itamaraty. Para isso, estudou no Colégio São Bento, no Rio, e no Lycée Jaccard, na Suíça.
Mas, o humor e a criatividade que sempre fizeram parte da sua personalidade o levaram para o meio artístico.
Com 66 anos de carreira, Jô viveu os últimos anos mais recluso, mas contribuia com artigos em tons ácido e irônico para desnudar o fascismo de Jair Bolsonaro. “Sua definição é perfeita: vossa excelência é o leão. É o rei dos animais”, escreveu em artigo na Folha de S.Paulo.
Na Record, Jô ainda atuou na comédia Ceará contra 007, em 1965, que registrou o maior audiência naquele ano no Brasil, e no humorístico Família Trapo, ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega e Otelo Zeloni.
Em 1971, estreou “Faça Humor, Não Faça Guerra”, primeiro humorístico da TV Globo, em uma crítica direta à Guerra Fria e ao conflito no Vietnã. Na emissora, Jô também atuou em Satiricom (1973) e no inesquecível Viva o Gordo (1981), que deu origem ao espetáculo “Viva o Gordo, Abaixo o Regime”, uma sátira explícita à Ditadura Militar.
Atuou ainda ao lado de Chico Anysio e foi comentarista do Jornal da Globo até 1987. Em 1988 foi para o SBT, onde apresentou o programa Veja o Gordo, um grande sucesso da emissora de Silvio Santos.
De volta à Globo, em 2000, Jô Soares apresentou por 16 anos o “Programa do Jô”. Em 2018, em seu último trabalho na TV, participou como comentarista do programa Debate Final, no Fox Sports, debatendo sobre a Copa do Mundo.
Fluente em português, inglês, francês, italiano e espanhol, Jô foi casado com atriz Therezinha Millet Austregésilo, com quem teve um filho, Rafael Soares, que era autista, e morreu em 2014.
Entre 1980 a 1983, foi casado com atriz Sílvia Bandeira, e a partir de 1984 viveu um romance de dois anos com Cláudia Raia. O humorista ainda namorou a atriz Mika Lins e em 1987, casou-se com a designer gráfica Flávia Junqueira Pedras, de quem se separou em 1998, mas continuou amigo até os dias atuais. Foi Flávia quem anunciou sua morte pelas redes sociais na madrugada desta sexta-feira, 5 de agosto de 2022.
Hoje os brasileiros acordaram mais tristes, o Brasil está de luto, morreu um dos maiores comediantes da história que marcou a cultura deste país.
NR – Para homenagear Jô Soares relembramos um pouco o “pouso-alegrense” de São Gonçalo do Sapucaí Gustavo Jacob, mais conhecido pelo seu apelido de infância, Tigu, humorista que roda o Brasil apresentando seu espetáculo solo, contando suas histórias e mostrando seu talento no Programa do Jô exibido pela Rede Globo em 2003.
Direto da Redação com informações das Redes Sociais
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