Conforme levantamento feito pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatisca, nove das 10 maiores cidades da região do Sul de Minas lideram a lista dos municípios que mais ganharam habitantes conforme a estimativa. Pouso Alegre foi a cidade que mais aumentou sua população em números reais (+ 1.602), Extrema (MG), única intrusa na lista das 10 mais (+ 615), foi a cidade que mais cresceu proporcionalmente à população anterior (1,82%).
Ao todo, 131 cidades ganharam novos habitantes, mas 32 viram sua população diminuir. São Pedro da União foi o município que mais perdeu moradores: 33 habitantes. Senador José Bento (-31) e Pedralva (-26) também estão entre os municípios que mais encolheram. Proporcionalmente, Senador José Bento, que já era o menor município da região, diminuiu ainda mais: -1,82%. Nenhuma cidade manteve a mesma população da última estimativa. Duas ganharam apenas 1 habitante cada e seis perderam apenas 1 morador cada uma.
Poços de Caldas segue sendo a maior cidade do Sul de Minas com 166.085 habitantes. Já Senador José Bento é a menor, com 1.672 moradores. Com os novos dados, a população das 163 cidades da região somam agora 2.914.118 habitantes. Metade disso, ou 1,4 milhão de habitantes, estão concentrados nas 20 maiores cidades. Confira outros números:
Cidades do Sul de Minas:
- Até 20 mil habitantes – 127 cidades – 77,9%
- Entre 20 mil e 50 mil habitantes – 24 cidades – 14,7%
- Entre 50 e 100 mil habitantes – 7 cidades – 4,2%
- Acima de 100 mil habitantes – 5 cidades – 3%
As 10 cidades que mais cresceram em habitantes:
- Pouso Alegre: 1.602/ Poços de Caldas: 1.173 / Varginha: 980 / Lavras: 916 / Passos: 651 / Extrema: 615 / Três Corações: 525 / Alfenas: 485 / Itajubá: 477 / São Sebastião do Paraíso: 467
As 10 cidades que mais perderam habitantes:
- São Pedro da União : -33 / Senador José Bento : -31 / Pedralva: -26 / Pouso Alto: -25 / Liberdade: -24 / Brazópolis: -22 / Munhoz: -21 / Pratápolis: -20 / Marmelópolis: -18 / Itamogi: -16
Cidades que tiveram pouca alteração:
- Luminárias: +1 / São João da Mata: +1 / Botelhos: -1 / Cristina: -1 / Cana Verde: -1 / Jesuânia: -1 / Dom Viçoso: -1 / Wenceslau Braz: -1
As 10 que mais cresceram em proporção (%):
- Extrema: 1,82% / Pouso Alegre: 1,10% / São Bento Abade: 1,10% / Santa Rita do Sapucaí: 1,05% / Juruaia: 1,04% Congonhal: 1,02% / Jacutinga: 1,01% / Ibiraci: 0,97% / Borda da Mata: 0,96% Cristais: 0,96%
As 10 que mais encolheram (%):
- Senador José Bento: -1,82% / São Pedro da União: -0,67% / Marmelópolis: -0,62% / Liberdade: -0,45% / Pouso Alto: -0,40% / Munhoz: -0,33% / Itutinga: -0,30% / Aiuruoca: -0,24% / Pratápolis: -0,22% / Pedralva: -0,22%
Prefeitos questionam estimativa
Um dia depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar as estimativas populacionais de 2017 que vão determinar os repasses do Fundo de Participação dos Municípios(FPM) de 2018, prefeituras cujas cidades não conseguiram, por poucos habitantes, mudar a faixa de ganhos já se preparam para apresentar recurso ao órgão.
A diferença no valor anual das transferências entre uma faixa populacional e outra é de R$ 2,5 milhões, montante que, em tempos de vacas muito magras, nenhum prefeito pode se dar ao luxo de abrir mão. Alguns chegam a solicitar ao IBGE a “recontagem” da população. Mas o pedido não tem nenhuma eficácia.
“São cálculos matemáticos, realizados com base nos dois últimos censos e consideram a tendência de crescimento ou de queda da população”, explica a demógrafa Luciene Longo, do IBGE.
Segundo ela, se entre as duas pesquisas censitárias realizadas a cada década, se por alguma circunstância a cidade ganhar população, as estimativas anuais não captam essa movimentação. “Nesses casos, a correção da estimativa é feita apenas no censo de 2020”, acrescenta Luciene.
A previsão é de que, para o ano que vem, o FPM distribua para os 5.570 municípios brasileiros R$ 87,34 bilhões, dos quais R$ 11,47 bilhões para as 853 cidades mineiras.
Embora para Minas Gerais 639 cidades tenham apresentado crescimento das estimativas populacionais, em apenas 13 delas houve mudança de coeficiente do FPM, segundo cálculos de Angélica Ferreti, analista econômica da Associação Mineira dos Municípios (AMM)
Na região Sul. A estimativa populacional da primeira para 2017 foi de 13.576 habitantes e a da segunda, 13.475, respectivamente nove e dez habitantes a menos do que precisariam para saltar do coeficiente 0,8, que prevê a transferência anual de R$ 10,1 milhões para o coeficiente 1,0, que garantiria repasses de R$ 12,6 milhões.
As projeções são divulgadas no Diário Oficial da União e são utilizadas, segundo Angélica Ferreti, como base para estudos, análises e projeções que fundamentam a tomada de decisões nos níveis de governo federal, estadual e municipal.
Quem vai ganhar
- Cidades mineiras que mudaram de faixa populacional e de coeficiente do FPM e vão receber, cada, em média, R$ 2,5 milhões a mais de repasses
Araçuaí, Caraí, Caeté, Caratinga, Fronteira, Janaúba, Lagoa da Prata, Lagoa Santa, Lavras, Mateus Leme, Nova Lima, Santa Bárbara e Sarzedo
DEIXE SEU COMENTÁRIO | Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site.