O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getúlio Vargas recuou 0,1 ponto em novembro, para 92,4 pontos. Nos dois meses anteriores o índice havia acumulado uma alta de 10,1 pontos. Os dados foram apresentados há pouco.
“O resultado de novembro pode ser interpretado como uma relativa acomodação da confiança do comércio após dois meses em forte elevação. A queda do Índice da Situação Atual mostra que a recuperação da economia continua ocorrendo de forma gradual. Já a sustentação da alta do Índice de Expectativas reforça o diagnóstico de manutenção da tendência de retomada do setor no ano, sob influência da inflação baixa, do ciclo de redução das taxas de juros e da melhora recente da confiança dos consumidores.”, avalia Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE.
A queda do ICOM em maio ocorreu em 8 dos 13 segmentos pesquisados e foi determinada pela piora no Índice de Situação Atual (ISA-COM), que caiu 0,8 ponto no mês, para 85,4 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 0,7 ponto, atingindo 99,9 pontos.
Crescimento ao longo do ano
Apesar da relativa estabilidade no mês, o ICOM sustenta crescimento no ano. Entre janeiro e novembro de 2017, o índice subiu 13,5 pontos, enquanto no ano passado a alta havia sido de 9,7 pontos no mesmo período. Há ainda uma diferença qualitativa entre o desempenho de 2016 e de 2017: no ano passado mais de 91% da alta havia sido motivada pela melhora das expectativas; já em 2017, houve um avanço mais expressivo do ISA-COM, que foi responsável por 62,4% da alta do ICOM.
A edição de novembro de 2017 coletou informações de 1.181 empresas entre os dias 1 e 24 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem do Comércio ocorrerá em 27 de dezembro de 2017.
Com a aproximação do final do ano é comum aumentarem as expectativas de venda dos comerciantes. Mas os números divulgados pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH) não são muito animadores neste ano tão atípico com longos feriados que aconteceram neste segundo semestre de 2017. De janeiro a junho deste ano, as vendas subiram apenas 1,9% no varejo, ficando abaixo do crescimento no mesmo período de 2016, que apresentou 3,99% de alta, número inferior aos dois anos anteriores que fecharam em 6,75% e 6,06%, respectivamente.
Avaliando essa perspectiva, é nítida a esperança do setor varejista em “correr atrás do prejuízo” nesta reta final do ano, com a chegada do Natal. Vivendo uma realidade particular, característica do comércio em geral, as lojas já estão se preparando para essa época.
Os lojistas lutam para firmar espaço entre a preferência dos moradores. Alguns reclamam que há uma cultura de as pessoas sempre escolherem fazer suas compras em shopping e outros afirmam que a clientela vai crescendo aos poucos, à medida que conhecem melhor as opções do comércio tradicional da cidade ou até mesmo aquele próximo de sua casa. O fato é que não é necessário ir longe para conseguir o que precisa para fazer boas compras neste Natal.
Comércio preparado
O brasileiro tem o estigma de sempre deixar tudo para a última hora, mas os lojistas não se dão ao luxo de perder tempo e as prateleiras e estoques de grande parte do comércio já começam a dar ar de sua graça e aos poucos os enfeites natalinos dão ao consumidor um convite harmonioso para suas compras de fim de ano. Em Pouso Alegre os comerciantes já se encontram preparados para as vendas de presentes para o Natal renovando seus estoques e apresentando novidades.
Além de novidades, muitos preparam promoções especiais e ações solidárias que fazem parte do clima natalino. Seja uma lembrancinha ou um presente mais caro, o cliente vai encontrar sempre o que precisa na cidade, época em que muitas cidades da região buscam em Pouso Alegre realizar suas compras motivados pela quantidade e qualidade de ofertas que o comércio oferece. Mesmo tendo que enfrentar o estresse de trânsito, filas e estacionamento em shoppings.
“Percebo que as pessoas têm procurado lugares mais calmos, com menos tumulto, onde se identifiquem com o vendedor e sintam-se à vontade na loja”, afirma Ana Luíza Soares Dias, proprietária de uma loja na cidade. Assim como ela, Camila Moreira, proprietária de uma outra loja para recém nascidos e bêbes, repara que, de uns tempos para cá, a fixação da clientela tem sido cada vez maior. “Hoje estamos com grandes lojas na cidade, franquias de renome, que tornaram o comércio mais atrativo na cidade. Somos hoje um ponto de referência”, afirma.
Essa clientela está começando a valorizar mais o atendimento personalizado que os lojistas podem oferecer, as lojas de bairros também se movimentam e muitas vezes oferecem promoções e novidades mais avantajados para seus fregueses constantes, além de descobrirem, em muitos casos, preços mais acessíveis nesses estabelecimentos. “Abrimos a loja há poucos meses e o retorno do público tem sido muito positivo. As pessoas percebem que o custo de se comprar nos bairros oferece algumas vantagens em relação a outros pontos de comércio mais central”. “Grande parte da minha mercadoria sai mais em conta do que lá”, afirma Rodrigo de Paula Campos, proprietário de loja em um bairro da cidade. Esse retorno positivo dos consumidores com os comerciantes se reflete em um leque crescente de opções por toda parte de comércio dos mais variados, que vão tornando Pouso Alegre uma referência para qualquer nicho comercial.
Fonte: ICOM/17
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