A Liturgia da Palavra deste domingo nos ajuda a refletir sobre os desafios que temos na vida, sobretudo na missão de fazer deste mundo, o mundo sonhado por Deus. Cabe pensar: quais são os nossos maiores desafios, na construção de um mundo melhor? Onde esses desafios se encontram? Na família? Na comunidade? Na sociedade? Ou dentro de cada um de nós?
As leituras nos ajudam a refletir um pouco mais. A Liturgia vem hoje nos relatar o testemunho bíblico da ação do mal e seus danos na vida do ser humano, apontando para a vitória de Cristo que nos liberta e nos convida a fazer parte se sua família.
No Evangelho de hoje, Jesus busca expulsar os “demônios” que continuam a possuir muitos de nós, mas encontra dificuldade até mesmo entre seus familiares, que o acusam de louco, mas loucura mesmo é se acomodar diante de tantas situações e tragédias que assolam a vida do nosso povo.
Loucura é colocar a culpa nos outros e se isentar das situações que dizem respeito a todos. Loucura é acreditar em falsas notícias e fofocas que destroem a vida do outro. Loucura é espalhar o ódio, a intolerância, a mentira. Loucura é usar as Sagradas Escrituras para enganar o povo sofrido. Neste Evangelho também Jesus alerta que só pode fazer o bem quem é do bem. Satanás não pode expulsar Satanás. Quem está envolvido com o mal não pode fazer o bem. Primeiro é preciso livrar-se do mal que existe em si mesmo para começar a fazer o bem.
O salmista nos ajuda a rezar essa realidade de um Deus que não condena os seus filhos, mas lhes oferece redenção. N’Ele encontra-se toda graça que é capaz de nos tirar do pecado.
Podemos pensar “quem tem poder para refazer, de modo perfeito, o caminho de Adão?” O primeiro homem pecou e ficou privado da glória de Deus. “Na realidade […] Adão, o primeiro homem, era efetivamente figura do futuro, isto é, de Cristo Senhor. Cristo, novo Adão, na própria revelação do mistério do Pai e do seu amor, revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime (GS 22).
Tudo isso nos ajuda a entender o caminho feito por Marcos em seu Evangelho na tentativa de responder à pergunta: “quem é Jesus?”. O início e o fim do texto apresentam-nos a atitude da família de Jesus de ir ao seu encontro. Assim, a família volta à cena apenas no final e Jesus revela quem é a sua família: aqueles que fazem a vontade do Pai.
Todavia, o ponto central está diante de quem diz que Ele “está possesso de um espírito impuro”. Para esta afirmação, Jesus diz que “quem blasfemar contra o Espírito” não obterá perdão”. Blasfemar contra o Espírito Santo é a mesma coisa que negar a verdadeira identidade divina de Jesus; negar que Ele é Deus, o seu Filho Amado e que n’Ele age o Espírito Santo quando, inclusive, cura as pessoas.
Sigamos, pois, o exemplo desta incansável devoção e completa abnegação, nós que frequentemente estamos tão pouco dispostos a abrir as nossas portas aos estranhos, a permitir que nos perturbem ou que a rotina de nossos costumes seja alterada. Lembremos também que um visitante indesejável talvez nos tenha sido mandado para que possamos lhe falar da salvação de sua alma.
Acredito piedosamente que nada nos acontece por acaso. Mas não podemos conviver com quem não deposita confiança em nossa pessoa. O respeito ao ser humano deve ser primordial, para isso existe as leis, quem somos nós para julgarmos nossos semelhantes. Mas cada qual, deve ser responsáveis pelos seus atos, Jesus ordenou que amássemos uns aos outros, onde há desconfianças e intrigas, não pode reinar o amor de Deus.
Algumas pessoas sentem-se perturbadas acerca do significado do versículo 29. Elas temem haver proferido alguma vez, sem pensar, uma palavra pecaminosa que nunca poderá ser perdoada. Isso é interpretar mal a graça de Deus. “O sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7). A blasfêmia contra o Espírito Santo foi o mais terrível pecado do qual o incrédulo povo de Israel se fez culpado. Esse povo atribuiu a Satanás o poder do Espírito Santo do qual o Senhor Jesus estava revestido. Isto era extremamente grave e nem mesmo tinha sentido lógico (v. 26).
No último parágrafo, o Senhor distingue claramente aqueles a quem considera membros de Sua família. Seus verdadeiros amigos, aqueles que acreditavam ser ele o filho de Deus, e para Jesus fazer a vontade de Deus era, e ainda é, obedecer a ele, Jesus, que veio resgatar os fracos e oprimidos, trazer saúde aos que se encontravam doentes de qualquer natureza e acima de tudo perdoar porque eles não sabiam o que estavam fazendo, e por fim, mostrar que devemos ser gratos por todas as bênçãos que recebemos.
Direto da Santa Missa em Seu Lar
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