A sensibilização para a qualidade do atendimento é o tema do Novembro Roxo 2024, mês dedicado à conscientização sobre a prematuridade. As maternidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), referências em gestações de alto risco, desempenham um importante papel no cuidado aos bebês prematuros, gestantes e puérperas.
A Maternidade Odete Valadares (MOV) e o Hospital Júlia Kubitschek (HJK), em Belo Horizonte, e os hospitais regionais João Penido (HRJP) e Antônio Dias (HRAD), localizados, respectivamente, em Juiz de Fora e Patos de Minas, contam com infraestrutura completa e somam mais de 70 leitos neonatais, além de equipes multidisciplinares especializadas.
As unidades possuem ainda Casa da Gestante, Bebê e Puérpera, residência destinada às grávidas de alto risco que moram longe da maternidade e precisam de acompanhamento contínuo e às mães de recém-nascidos que ainda estão internados.
As maternidades também participam anualmente da campanha, promovendo seminários e capacitações sobre o tema para sensibilização e formação contínua dos profissionais.
Chegada antes da hora
É considerado prematuro o bebê que nasce antes das 37 semanas de gestação. Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 340 mil bebês nascem prematuros por ano no Brasil, colocando o país na 10ª posição entre as nações com mais casos de prematuridade.
A auxiliar de logística Izabelly Fraga entrou para as estatísticas ao ter seu filho, Miguel, com apenas 28 semanas de gestação por conta de uma insuficiência placentária (incapacidade da placenta fornecer os nutrientes necessários para o bebê). Ele nasceu na Maternidade Odete Valadares no dia 4/9 e permanece internado.
“A gente vai parar em uma UTI no susto. É algo que ninguém espera passar, mas você também vai vendo a evolução do bebê e ganhando confiança”, relata. Para ela, o cuidado oferecido pela equipe da MOV fez toda a diferença. “O atendimento foi muito bom. Os profissionais explicam tudo e isso nos traz mais esperança. Meu sonho agora é levar meu bebê para casa”, diz.
Pré-natal
A neonatologista do Hospital Regional João Penido, Cristina Mendes, destaca as principais causas da prematuridade. “Infecções, hipertensão arterial, diabetes e o consumo de tabaco, álcool ou drogas são causas frequentes”, pontua. A idade materna, abaixo de 16 ou acima de 35 anos, também é um fator significativo.
Ana Carolina Neves, coordenadora Neonatal da MOV, salienta que o acompanhamento adequado é a principal forma de prevenção ao parto prematuro. “O pré-natal é essencial para identificação de fatores de risco e comorbidades prévias”, afirma.
Os exames permitem evitar intercorrências e o encaminhamento da gestante para um nível de atenção inadequado. As pacientes com gestação de alto risco chegam às maternidades especializadas após identificação pelo pré-natal da atenção primária ou por meio do Núcleo Interno de Regulação, setor do hospital responsável pelo direcionamento dos casos de acordo com a oferta de leitos.
Direto da Redação
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