O colunista Social Leandro de Oliveira Silva, conhecido colunista social em Pouso Alegre/MG como Leandro.com, foi preso na manhã desta terça-feira, 20/2 na rodovia Fernão Dias pela Polícia Civil, quando seguia viagem, em um táxi, com destino a Belo Horizonte/MG.
A prisão de Leandro já era esperada a qualquer momento, informou em coletiva os delegados Renato Gavião e José Walter Mota Matos e ocorreu na praça de pedágio de São Gonçalo do Sapucaí, Sul de Minas. Ele estava foragido desde dezembro do ano passado e teve um mandado de prisão preventiva decretado na segunda-feira 19/2. O colunista é investigado por crimes de estelionato ao aplicar golpes no aluguel de sítios para temporada de réveillon para várias pessoas.
Segundo os delegados, a Polícia Civil de Pouso Alegre repassou uma informação recebida de que o colunista seguia em um táxi para BH. Os policiais diante da informação foram para o pedágio e fizeram a abordagem do veículo e a prisão do suspeito. Leandro foi encaminhado para a delegacia de Pouso Alegre e encontra-se a disposição da Justiça. Na coletiva ele se encontrava presente, a princípio de costas, preservando sua imagem, porém no final, Leandro optou em falar com a imprensa, onde pediu desculpas pelos erros cometidos, pediu perdão aos pais, a imprensa e elogiou o trabalho realizado pela polícia. Veja o vídeo de seu depoimento abaixo.
Durante a coletiva que aconteceu no prédio da Delegacia Regional de Polícia ficou claro que existe oito inquéritos abertos contra o colunista social de Pouso Alegre, que se tornou popular ao apresentar um programa numa emissora de televisão local na cidade e por promover vários eventos sociais. Leandro caiu dos palcos da fama ao ter, segundo denúncias realizadas por terceiros alugado chácaras para mais de uma família para as festas de fim de ano. Também alugou sítios sem a permissão dos proprietários dos imóveis. E algumas vezes o mesmo imóvel para várias pessoas ao mesmo tempo. Vítimas pagaram antecipado e ficaram sem o sítio e sem o dinheiro. Uma das famílias pagou R$ 7 mil pelo aluguel de um sítio para o fim de ano e outro para os mesmos finsl. Também há denúncias de pessoas que foram contratadas por ele, para realizar eventos sociais e até filmagens, e estão sem receber até hoje. Leandro se mostrou arrependido e disse que quase se matou quando o assunto veio a tona.
Segundo apuração realizada pela polícia e também confirmada na coletiva, desde dezembro, quando as primeiras vítimas denunciaram o golpe, o colunista social estava mesmo no Estado do Rio de Janeiro, e não em São Paulo na Capital como primeiramente foi divulgado. Ele retornou ao Sul de Minas na madrugada desta terça-feira, 20/2 e seguia, numa tentativa de fuga para a capital mineira, quando foi detido próximo a São Gonçalo do Sapucaí/MG pela polícia Civil que já tinha conhecimento e vinha fazendo o caminho dele, ele estava sendo monitorado, pessoas chegadas a ele auxiliaram o trabalho da polícia, por isso foi decretado a prisão preventiva.
A partir do momento em que ele prestar os esclarecimentos e não houver mais motivos investigativos a prisão dele pode se tornar desnecessária, mas contra Leandro pesa várias contravenções que serão investigadas e cada caso é um caso explicou o delegado José Walter da Mota. Segundo ainda o delegado as investigações não iram se estender por um prazo longo, já que a sociedade exige uma resposta rápida ao assunto em pauta.
O delegado que preside os inquéritos, José Walter da Mota, disse que a prisão preventiva foi pedida devido ao volume de inquéritos que existem contra o suspeito. Ainda de acordo com o delegado, Leandro responde há vários golpes de estelionato e estava sumido desde o início das investigações. Ao encerrar a coletiva, foi permitido, pelos delegados presentes, que Leandro de Oliveira Silva falasse com a imprensa presente. Visivelmente envergonhado, Leandro se desculpou pelos fatos ocorridos alegando que a vida lhe deu muitas oportunidades e que ele não soube aproveitar, pedindo desculpas e perdão a todo momento, principalmente aos seus familiares, ele também elogiou o trabalho da polícia civil com palavras eloquentes tais quais estava acostumado a fazer em suas apresentações quando bajulava seus entrevistados em sociedade.
Direto da Redação / Foto: Anderson Campos
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