As investigações se iniciaram após o Ministério Público ter recebido denúncias de fiéis dando conta que os desvios haviam sido iniciados em 2015 pelo Bispo e Padres da cidade. O MP apurou as denúncias que culminaram na operação em curso. Promotores e policiais cumprem mandados em residências, na cúria da Diocese de Formosa em Goias em paróquias de outras cidades e também em um mosteiro.
O Ministério Público de Goiás deflagrou nesta segunda-feira, 19/3, a Operação Caifás, contra um esquema de desvio de recursos da Cúria – administração central – da Diocese da Igreja Católica de Formosa e paróquias de outras cidades do Estado. Segundo a investigação, os recursos tinham origem em dízimos, doações, taxas como batismo, casamento, entre outras, e de arrecadações festivas de dinheiro de fiéis. Foram presos nesta operação um bispo e quatro padres.
Ao todo estão sendo cumpridos treze mandados de prisão e dez de busca e apreensão em três municípios simultaneamente, sendo nove de prisão e cinco de busca e apreensão em Formosa; três de prisão e quatro de busca e apreensão em Posse; e um de prisão e um de buscas em Planaltina. Segundo Ministério Público, “todos os mandados foram expedidos contra lideranças religiosas ou administrativas ligadas à Igreja Católica”.
A Operação Caifás tem a coordenação dos promotores de Justiça Fernanda Balbinot e Douglas Chegury e conta com a atuação de mais dez promotores, com apoio do Centro de Inteligência (CI) do MP-GO, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Entorno do Distrito Federal, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI-MP), além da Polícia Civil e da Polícia Militar.
“A região da diocese engloba 33 igrejas em 20 paróquias. Por ano, são arrecadados cerca de R$ 17 milhões por meio de dízimos, doações e faturamento de festas realizadas de fiéis, além de taxas aplicadas para cerimônias de batismo e casamento”, informou o promotor de Justiça Douglas Chegury, responsável pela investigação.
“Deste total, cerca de 10% era repassado à Cúria Diocesana, o órgão máximo da Diocese. A investigação descobriu que esse dinheiro era desviado pelo bispo e outros padres em benefício próprio”, diz o promotor.” O montante desviado “O montante desviado chega a R$ 1 milhão por ano”, acrescenta o promotor.
A apuração descobriu ainda, por meio de quebra de sigilos telefônicos e bancários dos investigados, que somente um padre investigado tinha saldo de R$ 400 mil em sua conta bancária. “Carros da arquidiocese também eram desviados. Eles segundo informações usavam laranjas para desviar o dinheiro arrecadado.
Fonte UOL/JC
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