Os órgãos regionais de saúde de todo Sul de Minas já estão em fase final de planejamento da Campanha de Vacinação contra a gripe de 2018. Em todo o país, a campanha começa na próxima segunda-feira 23 de Abril. Nas três maiores cidades da região, Poços de Caldas, Pouso Alegre e Varginha, a expectativa é que mais de 100 mil pessoas que fazem parte dos grupos prioritários recebam a dose contra o vírus influenza segundo informações do G1 Sul de Minas.
A vacina é a principal forma de impedir a contaminação em larga escala do vírus e evitar casos como a pandemia de H1N1 de 2009, que matou 2 mil pessoas no Brasil. Ela é indicada para grupos considerados de risco – idosos, crianças menores de 5 anos, gestantes, pacientes crônicos, indígenas, pessoas do sistema penitenciário, profissionais da saúde e da educação.
As doses deste ano, disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, vão proteger contra três subtipos: A/H1N1, A/H3N2 e Influenza B.
Panorama no Sul de MG
Dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde em Minas Gerais apontam que a maior parte dos casos registrados pertence à regional de saúde de Pouso Alegre – são 5 registros, além das 2 mortes. Mas, segundo o setor municipal de Vigilância em Saúde, nenhum destes casos é do município e, sim, de cidades da região. Na cidade, os casos são notificados pelo Hospital das Clínicas Samuel Libânio.
Pouso Alegre
Na cidade, serão ministradas de 30 a 40 mil doses, a maior parte delas – cerca de 14 mil – vai para o grupo de idosos. Como todo ano, após a campanha aos grupos prioritários, as doses restantes serão abertas à população em geral.
Poços de Caldas
Em Poços de Caldas, segundo levantamento da Secretaria de Saúde, serão 43 mil doses oferecidas, em todas as unidades básicas de saúde.
Varginha
Em Varginha, a prefeitura informou que as vacinas serão divididas em seis lotes, e mais de 33 mil pessoas devem ser vacinadas. A expectativa é atingir 90% dos grupos prioritários.
O que esperar da gripe
“Em 2018, cenário é de aumento no número de casos. A vacina dura um pouco mais de um ano. O alerta é para os perigos da circulação do vírus da gripe em 2018, principalmente por conta de mutações dos diferentes subtipos. “Devemos ter ainda registros do H1N1, mas o que está agora sobressaindo é o H3N2”.
Este subtipo, o H3N2, foi o mais registrado na epidemia mais grave dos últimos 13 anos nos Estados Unidos, que atingiu 47 mil pessoas em 2017. De olho na alta incidência registrada no hemisfério norte, a versão brasileira da vacina já recebeu a proteção contra a H3N2.
Complicações da gripe
A grande preocupação dos especialistas é em relação às complicações da gripe, a chamada Síndrome Respiratória Aguda Grave, considerada uma falência respiratória. “O vírus faz uma pneumonia viral nos alvéolos, não ocorre a troca de gases do oxigênio e o paciente entra em uma insuficiência respiratória.
A coordenadora da vigilância em saúde em Pouso Alegre, Ana Cláudia, alerta que em caso de febre alta e quadro de falta de ar, é importante procurar o serviço de urgência e emergência para monitoramento. “A gripe raramente evolui pra forma grave, mas em qualquer sinal de gravidade, é preciso que o diagnóstico rapidamente”.
Aglomeração: “Em ônibus fechado, permanecer com janelas fechadas é um erro. Isso é um meio muito fácil pra transmissão de doenças, não só a gripe. Então, é bom evitar ficar em ambientes como ônibus, ou salas de espera, qualquer ambiente totalmente fechado”.
Higiene das mãos: “A pessoa quando tosse, espirra ou fala, transmite o vírus por gotículas, que caem nas superfícies. Elas também ficam contaminadas por horas. Então, se a gente toca essa superfície e leva a mão à boca pode se contaminar. Não só via aérea”
Não tomar a vacina: “A vacina não é igual todo ano. Ela é feita a partir das mutações do vírus. Portanto, a do ano passado já não protege dos vírus atuais. Quanto mais pessoas vacinadas, menor risco do vírus se espalhar”.
Não respeitar o período de repouso: “Ainda há muitas pessoas que não ficam em casa quando estão gripadas. Quando está doente, é preciso ficar sete dias em casa para evitar a transmissão do vírus”.
Fonte: G1 Sul de Minas
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