O Ministério Público Estadual move Ação Civil Pública contra o ex-prefeito de Pouso Alegre/MG, Agnaldo Perugini (PT), por improbidade administrativa. A ação foi ajuizada na 3ª Vara Cível no dia 18 de abril pelo promotor da 5ª promotoria de justiça de Pouso Alegre, Agnaldo Lucas Cotrim.
Segundo investigação realizada pelo Ministério Público, o ex-prefeito Agnaldo Perugini por mais de um ano, teria usado em sua residência um servidor público municipal como mordomo particular. A ordem expedida para que o funcionário público fosse trabalhar na casa do ex-prefeito teria partido da sua ex-chefe de gabinete, Rosimara Alves da Cunha, popular Rose Cunha.
Ainda de acordo com o MP, o servidor efetivado como cozinheiro, preparava o café e o almoço do prefeito, separava seus remédios e dava limpeza geral em sua casa. A ocupação do servidor para serviços particulares teria iniciado em outubro de 2015 e permanecido até o final do mandado de Agnaldo Perugini, em dezembro de 2016.
Na oportunidade o ex-prefeito Perugini alegou que esteve doente e se recuperava de uma cirurgia realizada e que o servidor, José Luiz de Araújo, – efetivo atuava como seu assessor particular mas e não a exerceu para funções pessoais e sim o auxiliando no despacho de suas atividades como prefeito então. Não é o que afirma o MP, Perugini teria usado o cozinheiro da prefeitura como seu mordomo pessoal para tarefas particulares em sua residência.
O que se sabe é que Perugini passou mesmo por uma cirurgia cardíaca na época, retornando ao seu gabinete de trabalho como prefeito em agosto. Na ação, o MP pede o ressarcimento aos cofres públicos de R$ 51 mil e o enquadramento do prefeito e sua ex-assessora Rose Cunha, nos artigos 9, 10 e 11 da lei de Improbidade administrativa, entre as penas, está a suspensão dos seus direitos políticos por oito a dez anos.
Nota enviada por Perugini a imprensa local
“Em relação ao questionamento do Ministério Público sobre o trabalho prestado pelo servidor José Luiz de Araújo, esclareço que o mesmo nunca exerceu funções particulares, muito menos de mordomo, o servidor referido atuou como assessor em minha residência no período que me recuperava de uma cirurgia cardíaca e por recomendação médica precisei reduzir minha presença na Prefeitura. Dessa forma, foi necessário o deslocamento de um assessor para me auxiliar no agendamento de reuniões, atendimento de telefonemas, despacho de ofícios e no recebimento de secretários municipais, diretores, vereadores e etc.
Como Chefe do Poder Executivo em Pouso Alegre sempre me pautei pelo cumprimento das leis, o nosso governo muito trabalhou e muito produziu em prol do desenvolvimento de nossa cidade”. Conclui a nota enviada pelo ex-prefeito.
Nº do Processo: 5001861-46.2018.8.13.0525 (PJE) 18.8.13.0
Fonte: DR/Vereador Bruno Dias
DEIXE SEU COMENTÁRIO | Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site.