O Pedro que não é meu, nem seu “parente”, mas é o presidente da maior estatal brasileira, recebeu a missão de estancar a sangria na Petrobras, saqueada por partidos políticos há pelo menos duas décadas, e vem cumprindo sua tarefa à risca. De cara cortou os subsídios que os governos petistas usavam como moeda de troca garantindo votos nos sucessivos pleitos enquanto comandou o país. O executivo da Petrobras estabeleceu a política de preços flutuantes. E o resto, ah o resto que se dane.
Ao vincular os preços dos derivados do petróleo à flutuação do barril no mercado internacional, tirou de suas costas as responsabilidades por altas sucessivas da gasolina e consequente insatisfação do povo. Não se fez de rogado e assinou mudanças no preço mais de 150 vezes em um ano, levando a gasolina à beira dos R$5,00 o litro. ISSO MESMO, CINCO REAIS O LITRO DE GASOLINA. Pedro sabe que não haverá qualquer reação, aposta na passividade do brasileiro.
A cada aumento vem com um esperneio que dura no máximo 3 dias, e quando um ou outro ensaia uma rebeldia, (como tem tentado os caminhoneiros) o remédio vem com alguns centavos a menos que na semana seguinte é incorporado ao preço. Sempre com o mesmo argumento de sempre: “preço do barril em alta” no mercado internacional. O presidente da Petrobras sabe também que nos finais de semana, na frente da telinha ou com o “clúnis” depositado em algum banco duro de estádios de futebol, a exemplo dos Romanos da época do Imperador Vespaziano, o povo esquece de tudo, inclusive que recolhe 48% de impostos sobre os combustíveis.
Para cada litro que é colocado no tanque, outro é injetado nos cofres do governo. Foi assim, é assim e sempre será assim. A “Síndrome de Gabriela” não afeta mais o orgulho tupiniquim, mal acostumado e acomodado. Basta ver que a Operação Lava Jato desvelou para o mundo o maior escândalo de corrupção da historia da humanidade, sendo que a maior parte dos roubos foram realizados nos cofres da Petrobras. Povos menos “civilizados” de certo reagiriam com um pouco mais de brio na face e punho cerrado, o Pedro sabe disso…
A tarefa do Presidente que não é nosso parente é recuperar a estatal e sua saúde financeira, custe o que custar, ainda que para isso tenha que sangrar novamente o bolso do brasileiro. O aumento não é culpa da Petrobras, mas dos “Árabes”, da “TPM do Trump”, do “humor do Maduro” ou qualquer outro ator internacional de plantão. Com efeito, o que Pedro, parece não compreender é que brasileiro não recebe correções de salários de acordo com o mercado internacional. Ao contrário, o poder de compra da renda segue despencando.
Para encerrar, e mandar um “salve” para o Parente, corrijo uma previsão feita no ultimo artigo a respeito do tema que prenunciava a gasolina fechando o ano de 2018 a R$5,00. \Pedrão, acho que errei feio, e sou capaz de apostar que o ano deve encerrar com a gasolina a R$6,00. Não esqueça que Pedro tem a seu favor os “Russos”, ainda que não tenha combinado com eles!
Por José Aparecido Ribeiro
Jornalista, Colunista nas Revistas” Exclusive, Mercado Comum e Minas em Cena.
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