A menina que seria o alvo da ação de traficantes em uma cobrança de dívida deveria “apenas tomar um susto”. Isso é o que revelou à Polícia Civil uma das testemunhas do caso da menina Vitória, que acabou sendo confundida e foi assassinada na cidade de Araçariguama (SP).
Segundo depoimento desta testemunha ao DHPP (Departamento de Homícidios e Proteção a Pessoa), o mandante seria um traficante que contratou o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes para “dar um susto” na irmã de um homem que tinha uma dívida de R$ 7 mil em drogas.
De acordo com este depoimento, além de Vitória ter sido morta por engano, o casal também não teria a ordem de matar o verdadeiro alvo da cobrança.
A menina que seria alvo da ação teria muita semelhança com Vitória. Esse homem, que seria o mandante, já teria sido identificado pela Polícia Civil e existe, inclusive, a suspeita de que ele já esteja cumprindo pena em uma penitenciária, ou seja, a ordem de cobrança teria saído de dentro do presídio.
O inquérito resultado das investigações deve ser apresentado ao MP (Ministério Público) nesta sexta-feira (6). Três pessoas já estão presas suspeitos de participarem do crime, entre eles o pedreiro Júlio César Lima Ergesse, e o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes.
Vitória desapareceu no último dia 8 de junho, depois de sair de casa para andar de patins, em Araçariguama, interior de São Paulo. O corpo foi encontrado oito dias depois, em uma mata, à margem da Estrada de Aparecidinha, no bairro do Caxambu. A polícia ainda investiga as motivações para o crime.
Outro lado
A casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes foram questionados pela RecordTV sobre a participação no crime e alegaram que não possuem nenhum envolvimento e dizem ser inocentes no caso. O advogado do casal, Jairo Coneglian, reconheceu que os dois seriam usuários de drogas, mas também nega qualquer envolvimento na morte de Vitória. Já a defesa do pedreiro Júlio César Lima Ergesse não foi localizado.
Por Márcio Neves do R7
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