O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, é o líder em tempo de TV na propaganda eleitoral gratuita. Ele terá direito a 11 minutos diários, o que representa 44% do total disponibilizado aos candidatos.
Na sequência vem o PT, com 4min:44seg para apresentar seu candidato. O partido tenta manter o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas pode ser inviabilizado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Líder nas pesquisas de intenção de voto sem o petista, Bolsonaro terá só 9 segundos por dia para expor sua propaganda.
Os postulantes ao Planalto divulgarão seus planos de governo duas vezes ao dia, em blocos de 12min30s. Eles ainda têm direito a 28 inserções diárias de 30 segundos durante toda a campanha, divididos de acordo com as coligações e a representatividade no Congresso dos partidos a que se aliaram.
O PSDB, de Alckmin, tem a maior aliança com 8 partidos e por isso lidera em espaço. Fará 433 inserções durante toda a campanha, seguido pelo PT com 185 inserções. O 2º maior tempo de propaganda deve ser a oportunidade dos petistas de tornar conhecido o provável substituto de Lula nas pesquisas. Fernando Haddad ainda tem aparição tímida e não tem penetração nacional.
Pela 1ª vez, 1 dos líderes nas pesquisas de intenção de voto não aparece entre os campões em espaço para a propaganda. O deputado Jair Bolsonaro (PSL) lidera nos cenários em que Lula não aparece e terá direito a apenas 18 segundos diários para expor sua candidatura.
Bolsonaro terá o mesmo tempo de TV de José Maria Eymael (DC), figurinha carimbada das eleições presidenciais, e de Cabo Daciolo (Patriota), que roubou a cena nos debates realizados até o momento.
O militar só fica na frente em espaço de João Amoedo (Novo), João Goulart Filho (PPL) e Vera Lúcia (PSTU), que têm 12 segundos diários cada 1 e aparecerão em 7 inserções ao longo de toda a campanha.
O tempo de TV é a principal de Henrique Meirelles (MDB) para fazer seu nome decolar. O ex-ministro da Fazenda mal tem pontuado nas pesquisas, mas tem o trunfo de pertencer ao partido com mais representantes no Congresso, o que lhe garantirá 3min51s diários para tentar crescer.
Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) que dividem o meio da tabela das intenções de voto até aqui terão como dificuldade o menor espaço no rádio e na TV. Ciro terá 1min20s por dia, enquanto Marina terá 46s. Guilherme Boulos, do Psol, vem logo atrás, com 27s.
Internet e corpo a corpo
Uma campanha mais curta, com apenas 45 dias a contar a partir da próxima quinta-feira, e um limite de gasto vão impor aos candidatos uma nova forma de buscar o voto do eleitor. Os principais nomes na disputa prometem menos campanha de rua e mais presença na internet, pelas redes sociais, ou televisão, com o horário eleitoral e os debates, já que a legislação eleitoral tornou o período para conquistar o eleitor mais curto e barato. Gastos com material gráfico foram reduzidos e será raro ver uma militância paga nas ruas.
Também não vai haver carro de som, já que as novas regras permitem essa propaganda sonora só na presença do candidato, em eventos como as carreatas.
A televisão também será usada, mas não é a grande arma o tempo para muitos será escasso. Para o coordenador da campanha do petista, Odair Cunha, TV não define eleição. “As pessoas sabem que existem outras formas de ter informação sobre os candidatos, acho que TV não será um elemento definidor. De acordo com o coordenador, a época do marketing eleitoral clássico, com as novas regras eleitorais, “ficou no passado”. Cunha informou que a campanha não vai contratar militantes. “O que for feito em termos de presença nos atos e nas ruas será de maneira voluntária”, disse.
Fonte: MSN/JC
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