O técnico Tite anunciou nesta segunda-feira, 7 de novembro, na sede da CBF, no Rio de Janeiro, os 26 jogadores que vão defender a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2022. A grande surpresa foi a presença do lateral-direito Daniel Alves, que está no Pumas, do México.
O defensor, de 39 anos, havia ficado fora da convocação para os amistosos contra Gana e Tunísia, os últimos jogos antes da Copa.
Os convocados:
Goleiros
- Alisson – Liverpool
- Ederson – Manchester City
- Weverton – Palmeiras
Laterais
- Danilo – Juventus
- Alex Sandro – Juventus
- Daniel Alves – Pumas
- Alex Telles – Sevilla
Zagueiros
- Militão – Real Madrid
- Marquinhos – PSG
- Thiago Silva – Chelsea
- Bremer – Juventus
Meio-campistas
- Bruno Guimarães – Newcastle
- Casemiro – Manchester United
- Fabinho – Liverpool
- Fred – Manchester United
- Paquetá – West Ham
- Everton Ribeiro – Flamengo
Atacantes
- Neymar – PSG
- Vinicius Júnior – Real Madrid
- Antony – Manchester United
- Rodrygo – Real Madrid
- Raphinha – Barcelona
- Richarlison – Tottenham
- Pedro – Flamengo
- Gabriel Jesus – Arsenal
- Gabriel Martinelli – Arsenal
Outros dois jogadores que também não foram chamados para os jogos contra Gana e Tunísia e estão na lista são os atacantes Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli, ambos do Arsenal.
Os convocados pelo treinador vão se apresentar na próxima segunda-feira, em Turim, onde a Seleção permanecerá até o dia 19, quando seguirá para o Catar. A Copa do Mundo 2022 será disputada de 20 de novembro a 18 de dezembro. A Seleção estreará no dia 24, contra a Sérvia. Os outros dois times do Grupo G são Suíça e Camarões.
Os atacantes convocados
Eu quero bater em uma tecla de equilíbrio, ele é fundamental. Na vida, não só no esporte. Há uma geração de atletas de alto nível, que estão se convocando. Eles estão buscando, com desempenho alto. Há uma versatilidade e priorizamos atletas importantes no meio para frente, mas não foge da ideia de equipe equilibrada. Para vencer em alto nível precisa de criação e gol. Isto não quer dizer que consistência defensiva não gera o ponto de equilíbrio para vencer. O bom momento deles gerou a convocação
Estreantes na lista
Experiência conta, assim como conta o momento, como conta a capacidade de concentração do atleta. Uma série de fatores são levados em consideração. A carreira toda, o nível que se mantém. O Éverton Ribeiro retomou e tem a consistência do 10. Quando voltou dos Emirados já tinha a expectativa. Temos este aspecto, tem 32 anos, mas acho que a primeira Copa do Mundo. Jogos em alto nível, final de Libertadores, de Mundial, de Copa do Brasil, jogos de alto nível na Europa. Os treinamentos… na Juventus, tinha 15 ou 16 atletas de seleção. A experiência é muito relativizada.
Favoritismo na Copa
Não posso me reportar ao que vem de fora. Estamos focados em fazer o melhor trabalho possível. Com quatro anos de trabalho, ele fica muito mais consistente. Este é o que o período nos dá. Talvez o desempenho dos atletas tenha dado esta relação com o torcedor. Vejo em um crescente, em uma expectativa boa. Sempre são colocadas três ou quatro seleções no mais alto nível. E o torneio tem características específicas, principalmente com um jogo só a margem de erro fica pequena. Talvez mais ainda do que a Copa do Brasil, com jogos ida e volta. Mundial é um jogo só. O Juninho e o César vivenciaram isto dentro de campo. Mas a gente assume que o Brasil, sim, é um dos favoritos, e minha opinião é de que sim, é um dos.
Time X adversários
Existem duas formas que temos de atuar, com dois atacantes de flanco, com Paquetá do lado, segundo meio-campista mais na frente. E tem peças de reposição com características parecidas. Não acredito em tirar de zona de conforto, acredito colocar em zona de confiança e desafiar a ser melhor. Ninguém vai tirar de zona de confiança.
O que trouxemos, dar confiança e desafiar em alto nível. Mas pedir para fazer uma função que não exerce no clube, aí é professor lampadinha, Pardal… e eu já passei (risos).
da, mas qualitativa. A qualidade dos atletas permite estas escolhas.
A Nossa Seleção
Nós conversamos um pouco a respeito em outra reportagem. Quatro aspectos são fundamentais: o mais importante é a qualidade técnica, a parte física, da saúde, a parte tática e o aspecto mental. Atletas de alto nível trabalham sob pressão, técnicos trabalham sob pressão. Tem um ditado que técnico do Brasil é condenado a vencer. Tu trabalha com este estigma, esta pressão. A Rebeca (Andrade, ginasta brasileira) deu uma entrevista sensacional, que ela vê as adversárias, mas fica mais focada no seu trabalho, seus movimentos, porque ali é uma variável que ela não domina. Talvez a Rebeca nesta manifestação pode reproduzir o que é uma pressão enorme, mas que todos de alto nível temos de absorver e ficar focados no nosso trabalho.
Os que ficaram fora
Uma vez o pessoal colocou qual era o conselho que eu daria… não dou conselho. A resposta que dou é: quando estivemos juntos, cada um se sentiu… e o comportamento da comissão técnica com eles. É difícil, mas há um respeito profissional e humano com cada um deles. Mas mais do que falar publicamente, nosso comportamento no dia a dia com cada um deles. Ali você vê se te dão atenção. Escolhas te trazem o peso de deixar alguém fora, respeitando.
Apenas três jogadores
A pergunta é ampla e remete a um aspecto estrutural do futebol de uma maneira geral, investimento financeiro… precisaríamos de simpósios para falar destes termos. Sobre desigualdade, precisamos ter cuidado com os cortes. Dos atletas que estão aqui, são nascidos de quantas regiões do Brasil? Podemos pegar este recorte. Qual o clube de origem de onde esteve? Há uma série de recortes que podemos pegar para que a gente possa, enfim… entender. Fiquei com esta curiosidade, quantas regiões do Brasil estão representadas? Não tem um pré-requisito. Fico muito à vontade para falar, não tenho a crença irracional de que fizemos a escolha de todos os melhores. Se a gente de dez, acertar sete, vamos ser competentes. E estamos fazendo o acompanhamento
Relação com os jogadores
A gente mostra que a gente é um ser humano, que erra e quando erra reconhece com eles. A gente procura estudar bastante, os aspectos fisiológicos, médicos, técnicos e táticos, a organização, logística, direcionamento. Quando a relação de lealdade se estabelece, o conjunto fica mais forte. O atleta precisa saber que a comissão sabe que precisa de uma conduta, com transparência, fala pela frente. Sem dois discursos. Sem modificar comportamento com atleta mais jovem ou mais experiente. A relação toda do ser humano, da competência profissional, da conduta, do ser duro, mas falar pela frente. De não expor de forma pública, porque vai dar componentes legais para debates, mas vai solucionar o problema? O conjunto da obra é importante para ter respeito, consideração, para atingir o alto nível.
Fonte: Seleção Brasileira convocação/CBF/JC
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