Os números de casos de dengue registrados em 2024 já haviam acendido um sinal de alerta, e o cenário epidemiológico de 2025 reforça a preocupação com uma possível nova alta da doença. Dados preliminares apontam para um aumento expressivo de casos, com expectativa de pico entre os meses de março e abril, período historicamente crítico devido às condições climáticas favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti.
De acordo com os dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde, em 2024 o Brasil registrou 6,6 milhões de casos prováveis de dengue, um aumento de quase 300% em relação ao ano anterior, e 6 mil óbitos, com quase 400% de crescimento. Nos primeiros 10 dias de 2025, foram notificados 16,3 mil casos prováveis e 16 óbitos estão em investigação. Do total de casos 75,4% estão concentrados na região Sudeste. Além disso, o aumento da circulação do sorotipo 3 da dengue é outro ponto de alerta.
Diante desse cenário, o especialista e CEO da Aero Engenharia, Cláudio Ribeiro, reforça a necessidade de intensificar as ações de combate e controle antes da chegada do período de maior incidência. “ A situação demanda estratégias eficazes e integradas. Somente com ações preventivas sólidas, como o monitoramento contínuo e a eliminação de criadouros, será possível evitar novos surtos e proteger vidas”, destaca.
Entre as estratégias já utilizadas em diversos municípios, está o Techdengue (techdengue.com), solução da Aero Engenharia, que combina tecnologia avançada com sustentabilidade para monitorar e controlar criadouros do mosquito de maneira proativa e eficiente. A tecnologia utiliza um sistema de drones e larvicida 100% orgânico e biodegradável, reconhecido pelo Ministério da Saúde, capaz de atingir locais de difícil acesso e eliminar focos antes mesmo que a população do mosquito atinja níveis alarmantes. Além disso, o Techdengue disponibiliza dados em tempo real, permitindo que gestores públicos direcionem esforços de forma precisa e ágil.
Hoje, com mais de 45 mil hectares mapeados e mais de 100 mil focos de possíveis criadouros do Aedes aegypti identificados, a tecnologia se tornou uma esperança para um avanço da gestão de saúde pública no âmbito das arboviroses. O procedimento é capaz de tratar até 26 pontos de reprodução do Aedes aegypti em um único voo de aproximadamente 30 minutos em locais em que o agente de endemia não consegue acessar.
O Techdengue trabalha por meio de consórcios intermunicipais de saúde e contratações diretas junto aos municípios para garantir o serviço de controle e combate ao Aedes aegypti em diversas regiões do estado de Minas Gerais. A intenção agora é que a tecnologia possa atingir outros estados e auxiliar na profilaxia e controle das arboviroses.
Ainda segundo o especialista, o combate à dengue é um trabalho contínuo que deve ser intensificado fora do período de pico para reduzir a curva de casos e minimizar o impacto nos sistemas de saúde. “O envolvimento da sociedade também é de extrema importância, visto que a eliminação de criadouros domiciliares continua sendo uma medida indispensável”, completa.
Direto da Redação
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