Após ter perdido da zebra Arábia Saudita na primeira rodada, a Albiceleste estaria fora do torneio se fosse derrotada novamente, possibilidade que se refletiu no nervosismo do time no primeiro tempo. No entanto, aos 19 minutos da etapa final, Ángel Di María achou Lionel Messi na entrada da área, e o craque do PSG, que fazia uma partida ruim até então, acertou um chute certeiro no canto do gol de Ochoa.
Já aos 43, Enzo Fernández, revelação do River Plate hoje no Benfica, anotou um golaço no ângulo e deu números finais ao placar. Com duas rodadas disputadas, o grupo C da Copa agora tem a Polônia na liderança com quatro pontos e a Argentina em segundo lugar com três. A Arábia Saudita, em terceiro, também tem três, mas com saldo de gols pior. Já o México é o lanterna com um ponto.
Em 30 de novembro, a Albiceleste encara a Polônia, enquanto os sauditas pegam o México, sendo que todos têm chance de classificação ou eliminação. Por uma fração de segundo, o tempo pareceu parar neste sábado, 26 de novembro. O silêncio tomou conta do Estádio Icônico de Lusail, abarrotado com 88.966 torcedores que travaram um barulhento duelo ao longo de toda a partida. Todos pararam para contemplar Lionel Andrés Messi Cuccittini.
Em uma tarde tensa, a genialidade do camisa 10, na primeira Copa do Mundo desde a morte de Diego Maradona, foi alívio para a Argentina. Com um belo gol, o craque abriu o caminho para a vitória por 2 a 0 sobre o valente México, pela segunda rodada do Grupo C. No fim, Enzo Fernández fechou a conta em chute colocado.
Com o resultado, o grupo se mantém embolado. A Polônia lidera, com quatro pontos. A seguir, aparecem Argentina (três), Arábia Saudita (três) e México (um). As quatro seleções têm chance de avançar às oitavas de final e dependem apenas delas mesmas para se classificar.
A rodada decisiva da chave será na próxima quarta-feira (30), às 16:00hs. Polônia e Argentina se enfrentam no Estádio 974, em Doha. Já Arábia Saudita e México duelam em Lusail.
O jogo
As arquibancadas travaram o duelo mais emocionante do primeiro tempo. De lado a lado, mexicanos e argentinos vibravam a cada dividida e foram muitas.
Foi um início de jogo concentrado no meio-campo, com mais posse de bola para a Argentina, mas sem grandes chances. Claramente incomodado, Messi se movimentou várias vezes buscando a bola entre os zagueiros, mas pouco conseguiu fazer diante de um México intenso e decidido a ganhar.
Os desentendimentos entre os jogadores se refletiram do lado de fora do campo, tornando o jogo mais tenso. Nas cadeiras da arena, mexicanos e argentinos trocaram faíscas todo o tempo, a exemplo do que já tinha ocorrido dias antes da partida, quando houve uma briga com feridos em Doha.
A dinâmica do primeiro tempo se repetiu nos minutos iniciais do segundo tempo. Entre normais, a genialidade de Messi se sobressaiu. A tensão tomava conta do estádio quando ele recebeu a poucos passos da área, livre, aos 19 minutos.
Dali, arrematou rasteiro, de canhota. Aos sortudos que estavam em Lusail, o tempo pareceu parar. Por um instante, que não durou mais de alguns milésimos de segundo, o silêncio se fez presente e precedeu a explosão de alegria e alívio argentino assim que a bola beijou a rede: 1 a 0.
Dali em diante, o México tentou ser agressivo. Ficou mais com a bola e rondou a área adversária, mas o ambiente era outro. Silenciada pelos rivais durante boa parte do jogo, a torcida argentina simulou o Monumental de Núñez no Oriente Médio.
Em dado momento, os cantos deram lugar a um gesto simples, porém simbólico para a carreira de um dos maiores de todos os tempos: os milhares de argentinos no estádio saudaram a realeza Lionel Messi, que vive, desfruta e nos presenteia com seu último tango em Copas do Mundo.
Nos minutos finais do jogo, o golpe fatal foi desferido por Enzo Fernández. Aos 42, o meio-campista do Benfica recebeu na área, fintou para dentro e bateu forte, bonito, no alto, para marcar o segundo gol e reviver de vez a esperança argentina renascer na competição.
ARGENTINA 2 X 0 MÉXICO
Argentina – Emiliano Martínez; Montiel (Molina, aos 18′ do 2ºT), Otamendi, Martínez e Acuña; Guido Rodríguez (Fernández, aos 12′ do 2ºT), De Paul e Mac Allister (Palacios, aos 24′ do 2ºT); Messi, Di María (Romero, aos 24′ do 2ºT) e Lautaro Martínez (Álvarez, aos 18′ do 2ºT). Técnico: Gerardo Martino.
México – Ochoa; Kevin Álvarez (Raúl, aos 21′ do 2ºT), Néstor Araújo, César Montes, Héctor Moreno e Jesús Gallardo; Luís Chávez, Héctor Herrera e Andrés Guardado (Gutiérrez, aos 42′ do 1º); Lozano (Alvarado, aos 28′ do 2ºT) e Vega (Antuna, aos 21′ do 2ºT) Técnico: Lionel Scaloni.
Motivo: segunda rodada do Grupo C da Copa Libertadores
Local: Estádio Icônico de Lusail, em Lusail, no Catar
Data e horário: sábado, 26 de novembro de 2022, às 16h (de Brasília)
Gols: Messi, aos 19′, e Enzo Fernández, aos 42′ do 2ºT (ARG)
Cartões amarelos: Montiel, aos 43′ do 1ºT (ARG); Araújo, aos 22′ do 1ºT, Gutierrez, aos 5′, Herrera, aos 21′, e Alvorado, aos 44′ do 2ºT (MEX)
Árbitro: Daniele Orsato (Itália)
Assistentes: Ciro Carbone (Itália) e Alessandro Giallatini (Itália)
VAR: Massimiliano Irrati (Itália)
Direto da Redação com informações da Copa 2022 – Fotos: Redes Sociais
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