Manifestantes composto por estudantes, pais de alunos, professores e apoiadores lotaram a sessão ordinária nesta terça- feira, 28, pedindo a inclusão do projeto na pauta. O presidente da Câmara Municipal de Pouso Alegre, Adriano da Farmácia / PR, negou incluir o projeto e diante da manifestação no plenário achou por bem encerrar a sessão, preocupado com o forte protesto que ali se formou.
A sessão da Câmara dos Vereadores desta terça-feira, prometia agitação e protesto desde o início, aos poucos o auditório que não é pequeno foi tomando conta de seus assentos, professores, pais de alunos, estudantes, apoiadores e a imprensa em sua totalidade, abarrotaram as dependências da Câmara Municipal de Pouso Alegre com forte manifestação pedindo a inclusão do projeto na pauta.
Depois de um intervalo de 15 minutos, foi encerrada a sessão pelo presidente da Casa Adriano da Farmácia (PR) Sem votar nenhum projeto. O presidente da Casa de Leis Adriano da Farmácia considerando a exaltação (pressão) dos manifestantes encerrou a reunião prometendo voltar ao assunto na próxima semana.
Com o auditório lotando o plenário pediam em uma só voz a não aprovação do projeto que revoga o decreto do poder executivo, criado pelo prefeito Rafael Simões, que transfere a partir de 2018 as turmas de ensino médio das escolas Municipais para o Estado. O projeto não constava na pauta do dia e aguardava parecer da Comissão de Redação e Justiça.
O vereador Bruno Dias /PR pediu ao presidente Adriano da Farmácia (PR) um intervalo de 15 minutos para que a Comissão pudesse se reunir e dar o seu parecer, e que a inclusão do projeto na pauta fosse a votação. Mas o pedido foi negado. No uso da palavra, o presidente da Comissão, vereador Dr. Edson /PSDB , afirmou que daria parecer positivo ao projeto. Mesmo assim, o presidente do Legislativo, Adriano da Farmácia se negou a colocá-lo em pauta.
Na oportunidade o presidente da Câmara acusou os vereadores de fazerem média e disse que na pressão não colocará nenhum projeto em votação. Porém, projetos colocados em pauta sem a devida tramitação na casa são comuns e já foram inclusive alvo de reclamações. Vários projetos foram votados em regime de urgência só este ano, e outros foram colocados para apreciação no meio da sessão. Um exemplo recente foi a inclusão do polêmico projeto LGBT, que estava fora da pauta, porém colocado após pressão de lideranças religiosas.
Insatisfeitos com a postura tomada pelo presidente da Casa, os manifestantes vaiaram por sua vez o vereador Adriano da Farmácia, que suspendeu a sessão por 15 minutos. Transcorrido esse tempo, retornaram do intervalo trazendo uma decisão tomada com a maioria dos demais vereadores, o plenário continuava lotado manifestando a intenção que desejavam. Para surpresa geral o presidente Adriano anunciou que a sessão estava encerrada sem justificar o que a Comissão no intervalo havia decidido.
Em protesto, contrariados os estudantes chegaram a ir até o estacionamento da Câmara Municipal na tentativa de impedir a saída do presidente Adriano da Farmácia. Agora, a expectativa é que o projeto de revogação seja votado na próxima terça-feira (5), penúltima sessão ordinária do ano.
Na pauta desta terça-feira, 28, encontrava-se um outro projeto de Reorganização de Cargos na Câmara Municipal. O projeto cria o cargo de Diretor do Centro de Apoio ao Cidadão e transfere o cargo de direção de comunicação para servidor de carreira. Nós bastidores se fala que uma sessão extraordinária pode ser convocada para votar a reorganização sem “pressão”popular.
A Expectativa
Nesta moeda há dois lados que precisam ser analisados: a intenção do poder executivo, cujo chefe é o prefeito Rafael Simões e o povo que lá compareceu defendendo a escola de nossos jovens!
Para quem acompanhava pela TV Câmara, durante o intervalo foi mostrado um documentário com o vereador Dito Barbosa que nos leva a uma reflexão sobre o assunto e a luta de mais de 20 anos formando jovens no Ciem daquela comunidade. O papel da Câmara se torna difícil quando a população resolve se manifestar contra ou favoráveis a algum projeto. Nesta hora o bom senso e a cautela tem que ser vista olhando as duas faces desta moeda, de maneira coerente, para se ter certeza do que é melhor para o destino de Pouso Alegre, nunca se esquecendo do velho adágio que reza: A voz do povo é a voz de Deus!
Também é preciso parabenizar à Polícia Militar de Minas Gerais, principalmente a de Pouso Alegre que se recusou a obedecer uma ordem, considerada “injusta” do Presidente da Câmara Municipal que desejava que o povo fosse retirado através da policia quando o movimento se tornou mais tenso. Afinal temos vistos nos últimos anos que o povo de uma forma geral está aprendendo a se organizar para defender os seus direitos, foi uma manifestação legitima e pacífica do ponto de vista de um PM.
Parabéns também aos Vereadores que se posicionaram em favor do Povo, e até de outros que se posicionaram a favor do Decreto inconstitucional do Prefeito Rafael Simões que aos poucos vem se mostrando a que veio. Isto é democracia. Não estamos aqui para julgar a decisão tomada pelo presidente da Casa de Leis que tem autoridade suficiente e maturidade para saber o que está fazendo, não podemos esquecer que Adriano da Farmácia sempre foi um batalhador a serviço do povo.
Que se trata de uma “manobra” também não podemos ignorar. O Presidente achou melhor adiar a discussão e votação sobre o Decreto para a próxima terça-feira, e até lá terá tempo suficiente para dizer que lado da moeda vai escolher. Quanto ao povo, com certeza estarão lá de novo! Quem viver saberá!
Direto da Redação / Fotos publicadas por Chiarini Junior no facebook
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