Terminou em São Gonçalo do Sapucaí o julgamento dos réus acusados de matar um jovem por causa de um suposto estupro a uma criança com requinte de crueldade. Três dos quatro acusados foram condenados ainda na quinta-feira, 18 de agosto por um crime acontecido em junho de 2019. Ao todo, oito pessoas foram denunciadas pelo crime.
O julgamento do caso começou na manhã de quinta-feira, 18 de agosto, nas dependências da Câmara Municipal de São Gonçalo do Sapucaí e terminou por volta de 3:00hs da madrugada desta sexta-feira, 19 de agosto quando saiu o veredicto.
Segundo o advogado de defesa, Kennedy Silva Gomes, o réu Anderson Silva foi absolvido do crime de homicídio, mas foi condenado pelos crimes de sequestro e ocultação de cadáver. A pena para Anderson é de 4 anos e cinco meses. O juiz expediu um alvará de soltura e Anderson foi liberado.
O réu Felipe Vital do Carmo foi condenado a 21 anos por homicídio triplamente qualificado, além de sequestro e ocultação de cadáver. Welligton Davidson Pereira Bernardes foi condenado pelos mesmos crimes que Felipe, porém a pena dele é de 18 anos de prisão.
Já o réu Éder Nicolau Neves Santos, que era tio da vítima, foi absolvido dos crimes. Os outros quatro homens acusados ainda serão julgados no próximo dia 28 de agosto.
O crime
O corpo do jovem Moisés Nicolau, de 20 anos, suspeito de estuprar a enteada de 4 anos, foi encontrado em uma cova rasa na região do Surubi, em São Gonçalo do Sapucaí um mês após a denúncia de estupro. O homem estava desaparecido desde o dia 7 de maio.
Conforme informação da polícia, Moisés sumiu depois que moradores do bairro o acusaram de estupro. No Boletim de Ocorrência, consta que uma vizinha teria visto o rapaz vestir roupas na criança. Na época, a família disse que ele foi espancado até a morte por vários moradores.
Segundo a Polícia Civil, a menina fez exames no Instituto Médico Legal de Pouso Alegre e o resultado foi negativo para estupro. O exame só saiu depois que o jovem já tinha sido assassinado.
O Ministério Público acredita que a morte tenha acontecido após os acusados decidirem fazer justiça com as próprias mãos. Já a defesa de um dos réus acredita na inocência do acusado e que os laudos diferem da opinião das testemunhas.
Direto da Redação com informações do G1/ABN/JC
DEIXE SEU COMENTÁRIO | Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site.