Não há nenhuma evidência científica que comprove a dificuldade ou facilidade de o coronavírus se reproduzir em países de clima tropical, com temperaturas acima dos 25°C. A informação é do presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estêvão Urbano. Depois da confirmação de suspeita de caso da doença, no país, circularam mensagens nas redes sociais dizendo que o vírus não conseguiria se alastrar no Brasil, por causa das temperaturas mais quentes.
“Esse vírus é muito novo e se conhece muito pouco sobre essas questões. O vírus sobrevive muito bem nessa temperatura quente de verão”, afirma Urbano. Segundo o especialista, o que pode contribuir para evitar disseminação é a ventilação.
“O que facilita uma certa contenção em ambientes quentes é porque, geralmente, eles são mais ventilados. É um fator que diminui a chance de transmissão. Em ambientes frios, as pessoas ficam mais em locais fechados”, diz.
O infectologista ainda alerta para o fato de que os brasileiros não têm imunidade prévia em relação a esse novo micro-organismo, que começou a circular na China no fim do ano passado. “A chance de infectar é muito maior, pois o vírus está pegando uma população imunologicamente despreparada. Mas, em que níveis isso se agrava e em que proporções pode atingir, são hipóteses”, ressalta. Chega a 10 o número de pacientes que receberam atendimento médico por suspeita de infecção pelo novo coronavírus em Minas Gerais. Esse número se refere aos casos em oito municípios do estado, Pouso Alegre ainda não consta na lista.
Transmissão As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas o Ministério da Saúde alerta que a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo.
A transmissão dos coronavírus costuma a ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. A recomendação é ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com a mão em frente a boca.
Em Pouso Alegre
A direção do Hospital das Clínicas Samuel Libânio em Pouso Alegre/MG divulgou nota no final da tarde de quinta-feira, 27 de fevereiro sobre a situação de saúde dos três pacientes isolados com sintomas suspeitos de infecção pelo novo coronavírus. De acordo com a nota divulgada, o quadro clínico dos pacientes é estável, mantendo apenas tratamento sintomáticos. Eles seguem em ala isolada, sendo assistidos pela equipe multiprofissional.
Os pacientes que vieram de Varginha/MG são da mesma família. Eles chegaram de uma viagem que realizaram a semana passada na Itália, onde centenas de pessoas já foram infectadas pela coronavírus. Ao chegarem ao Sul de Minas, cidade de Varginha onde residem, os sintomas gripais indicavam semelhança com a nova doença, por segurança foram transferidas pelo SAMU para o HCSL de Pouso Alegre que é referência regional para fazer o isolamento dos pacientes durante a investigação de casos suspeitos.
Nota do HCSL
“Ressaltamos a população que as medidas necessárias estão sendo tomadas para evitar a propagação da doença. As medidas de contingência e restrição foram adotadas com sucesso”,
A direção do HCSL.
Direto da Redação com informações da internet fonte: EM/JC
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