O ex-secretário de Finanças de Pouso Alegre/MG, Messias Morais, foi preso na tarde de sexta-feira, 14 de fevereiro em um desdobramento da “Operação Capina”, do Gaeco, Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado. A prisão é preventiva.
Messias Morais foi secretário na gestão do ex-prefeito Agnaldo Perugini (PT). Ele e os donos da empresa Plenax, contratada na gestão passada para fazer a limpeza urbana na cidade, são suspeitos de desviar mais de R$ 13,8 milhões em recursos públicos.
Os donos da empresa já tinham sido presos em dezembro de 2019 porém foram soltos posteriormente e estão sendo monitorados através de tornozeleiras eletrônicas.
O advogado do ex-secretário disse que o professor Messias Morais recebeu com indignação a ordem de prisão preventiva, uma vez que entende que não incorreu em nenhum dos motivos autorizadores para sua decretação e que não tem conhecimento das razões da medida.
A operação
A “Operação Capina” aconteceu após o Ministério Público identificar uma organização criminosa que, segundo as investigações, teria fraudado licitações e praticado peculato, com pagamentos feitos a serviços não prestados, além de lavagem de dinheiro.
As investigações mostram que a empresa Plenax, contratada na gestão do ex-prefeito Agnaldo Perugini passada para realizar a limpeza de ruas, recebia pagamento por serviços de locação de mão de obra que não eram prestados na cidade.
Irregularidades
Uma comissão especial da Câmara de Vereadores em novembro 2017, apresentou um relatório que mostrava irregularidades nos contratos de prestação de serviços da mesma empresa. Ao todo, foram seis meses de investigação e mais de 10 mil documentos analisados.
Pelo relatório, de 2014 a 2016, durante a gestão do prefeito Perugini, a empresa teria recebido R$ 23 milhões pelos serviços de manutenção e capina. O documento com mais de duas mil páginas apontou irregularidades no processo de licitação na execução de serviços e nos pagamentos à empresa.
O ex-secretário de Finanças de Pouso Alegre/MG, Messias Morais, preso na tarde de sexta-feira, 14 de fevereiro em um desdobramento da “Operação Capina” têm outras acusações que pesam sobre ele na área da educação, quanto a autenticidade de seu posicionamento como professor de história em Pouso Alegre. A prisão do ex-secretário é preventiva e segundo seu advogado Leandro Reis entende que “o mesmo não incorreu em nenhum dos motivos autorizadores para sua decretação e que não tem conhecimento das razões da medida”, concluiu.
Direto da Redação com informações do MP/JC – Foto arquivo
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