Uma falsa médica que insistia em praticar a medicina sem diploma e sem o registro profissional foi presa na noite de quarta-feira, pela Polícia Civil do Distrito Federal. Renatha Thereza Campos dos Santos, 35 anos, estava em casa, em Taguatinga Norte, quando foi abordada pela polícia. Essa é a décima vez que ela é presa cometendo o mesmo crime. Suas passagens pela polícia iniciaram em 2011.
Renatha Thereza foi encaminhada à 19ª Delegacia de Polícia. Ela havia chegado de viagem de São Paulo e alegou aos agentes da polícia civil que estava em tratamento de câncer. Desde agosto, a polícia investiga a atuação da falsa médica. Na época, medicamentos de tarja preta, como morfina, foram apreendidos na residência de Renatha. Novamente, a suspeita assinou o termo circunstanciado e foi liberada.
O crime é enquadrado no artigo 282 do Código Penal Brasileiro e a pena é de seis meses a dois anos. “Ficou bem claro para nós que ela fazia dessas atuações a sua forma de vida. Então, os remédios apreendidos foram encaminhados para a criminalística para avaliação. Como de fato eram de tarja preta, pudemos expedir um novo mandado de prisão, pela aplicação de medicação restrita”, explica o delegado Fernando Fernandes, da 19ª DP.
Ela vai responder pelos crimes de falso exercício da medicina, estelionato e aplicação de medicação de uso restrito. Apenas pelo último crime, Renatha deve pegar de 10 a 15 anos de prisão.
A falsa médica foi encaminhada para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia. Outra investigação, paralela à da falsa médica foi iniciada. “Acreditamos que ela não agia sozinha, até pela facilidade que ela conseguia os medicamentos, que não são vendidos em farmácia. Ela nos deu dois nomes de servidores da rede pública hospitalar e iremos averiguar a participação deles”, informa o delegado Fernando Fernandes.
Os atendimentos médicos de Renatha ocorriam nas residência dos clientes e em hospitais das redes públicas e privadas. A falsa médica já se passou como oncologista, dermatologista, ortopedista, ginecologista, embriologista e clínico geral. Nessas atuações, chegou a cobrar R$ 13 mil por tratamento de fertilidade.
Para que os pacientes não a encontrassem, a acusada mudava constantemente de telefone.
Na delegacia, testemunhas prestaram depoimento sobre as ações de Renatha. “Após ela ser presa, chegaram outras denúncias sobre a Renatha. Uma delas é de que ela fazia vendas fantasmas de cooperativas habitacionais”, explica o delegado. Ela cobrava por esses serviços de R$ 2,5 a R$ 5 mil.
Fonte: YouTube/Reprodução
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