O técnico Tite está a três dias de começar oficialmente a sua mais difícil missão. Será responsável por conduzir a Seleção mais vitoriosa do planeta em uma Copa do Mundo e isso sem nunca ter disputado uma, nem como jogador. Com pouco mais de duas dezenas de jogos, Tite é relativamente novo como treinador da equipe e ele próprio já disse que gostaria de ter tido uma rodagem maior com a seleção. A eventual inexperiência, contudo, não significa fracasso certo – basta lembrar a última vez que o Brasil conquistou a taça.
Tite chega à Rússia com 21 jogos como treinador da Seleção. O retrospecto é positivo: foram 17 vitórias, três empates e apenas uma derrota, o que representa um aproveitamento de 85,7%. O treinador acha pouco. Na sua opinião, “técnico e equipe precisam se moldar para conhecer as adversidades e tentar superá-las”, o que, em sua avaliação, se faz com sequência de jogos.
O treinador brasileiro afirmou reiteradas vezes que gostaria de ter disputado a Copa das Confederações no ano passado. A competição é considerada pela própria Fifa como um teste para o Mundial, além de colocar em campo seleções dos mais diversos continentes. Pelo Brasil, Tite só teve enfrentamentos em jogos oficiais diante de equipes sul-americanas, confrontos que nesta Copa só poderão ocorrer a partir das quartas de final.
Acontece que o atual treinador não é o primeiro a conviver com essa realidade. Em 2002, Luiz Felipe Scolari comandou a Seleção pentacampeã no Japão e na Coreia do Sul em circunstâncias parecidas. À época, Felipão assumiu o Brasil em crise nas Eliminatórias um ano antes da Copa – Tite está completando dois anos como técnico da seleção brasileira. Exemplo do mesmo Scolari serve para mostrar que ter experiência em Mundiais não necessariamente é uma garantia de bom desempenho. Basta lembrar 2014.
A “preocupação” de Tite pode ser uma demonstração de como ele historicamente encara o seu trabalho: com cautela e um discurso pé no chão. Ao ser apresentado como técnico do Brasil, em junho de 2016, ele lembrou que a seleção estava fora da zona de classificação à Copa naquele momento e prometeu empenho para colocar o Brasil na Rússia – mas não garantiu que conseguiria classificar a seleção.
Nestes dois anos, Tite alcançou um aproveitamento próximo do irrepreensível. Talvez seja por isso que até mesmo o sempre cauteloso Tite já se deixe levar pela percepção de que o Brasil está entre os favoritos.
“Geramos essa boa expectativa. É bom, vamos nos desafiar”, considerou o treinador no último domingo, após a seleção bater a Áustria por 3 a 0.
Ele também repetiu uma frase que o acompanha desde que assumiu a seleção: “começa agora uma nova etapa”. As 17 vitórias nas 21 partidas da etapa anterior parecem ser base suficiente para mostrar que falta de experiência na seleção não deverá ser seu maior problema.
Pouso Alegre
Em Pouso Alegre a confiança no treinador Tite parece bastante significativa pelos resultados apresentados até agora. Mas, depois do fiasco, jogando em casa e perder para a Alemanha de 7 X 1 em 2014, o pousoalegrense com bom mineiro que é, só acredita mesmo vendo e lá no fundo, por ser brasileiro, veste-se de verde amarelo, tira a bandeira do armário, e mesmo que timidamente, uma onda de esperança como a vibrar mais forte e, o responsável por toda esse esperança renascer tem tudo a ver com a competência do de Tite que cauteloso espera uma boa disputa do Brasil na Copa do Mundo. Vai lá Brasil!!
Fonte: EM/JC
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