Acabou o sonho no país da maravilhas de conquistar o hexa no mundial do Catar. Erros de pontaria, de estratégia e de concentração contra uma Croácia valente e muito experiente resultaram na eliminação do Brasil nas quartas de final nesta sexta-feira, 9 de dezembro, no Estádio Cidade da Educação, em Al Rayyan. O empate por 1 a 1 ao fim da prorrogação levou a decisão para os pênaltis, que acabaram com vitória croata por 4 a 2.
Primeiro Tempo
Num primeiro tempo equilibrado, foram raras chances de gol. Na etapa final, o Brasil melhorou e criou grandes oportunidades, mas as desperdiçou – ora por falta de pontaria, ora por grandes intervenções do goleiro Livakovic. Ofensivamente, a Croácia também pouco fez.
Não foi exatamente um primeiro tempo de muitas chances de gol. Brasil e Croácia fizeram um jogo muito equilibrado, em que os marcadores levaram a melhor na maioria dos duelos individuais e coletivos.
Segundo Tempo
A dinâmica do segundo tempo se repetiu na metade inicial da prorrogação, com o Brasil criando mais. Aos 15 minutos, Neymar tabelou com Paquetá, driblou Livakovic e marcou. O camisa 10, que vivia uma noite apagada, igualou Pelé como o maior artilheiro da história da Seleção Brasileira, com 77 gols.
As melhores oportunidades foram do Brasil, com Vinícius Júnior e Neymar, pelo lado esquerdo do ataque, mas não exigiram defesas difíceis de Livakovic. A Croácia atacou mais pela direita, setor de Pasalic, mas tampouco criou chances claras.
O segundo tempo começou frenético, com um quase gol contra a favor do Brasil. A Seleção Brasileira também reclamou de um possível pênalti aos três minutos por bola no braço, mas a arbitragem de campo e o VAR assinalaram impedimento e se recursou a ver o VAR.
Prorrogação
Na prorrogação, o cenário não mudou. O Brasil seguiu em cima – o que permitiu a Croácia criar boa oportunidade. Quando o clima do estádio estava tenso, Neymar, enfim, apareceu.
Aos 15 minutos do segundo tempo, o camisa 10 iniciou a jogada, tabelou com Paquetá, fintou o goleiro e empurrou para as redes. Alívio e festa nas arquibancadas.
O segundo tempo da prorrogação veio também acompanhado de uma Croácia mais ofensiva para tentar o empate. Em um momento em que a Seleção Brasileira tentava segurar a bola na frente, os croatas conseguiram um contragolpe fatal, numa falha estratégica do Brasil. Petkovic chutou de fora da área, a bola desviou em Marquinhos e morreu no fundo das redes. A disputa foi para os pênaltis.
Na metade final do tempo extra, o Brasil viu a Croácia avançar as linhas. Mas foi em um contragolpe, numa falha estratégica brasileira, que os croatas empataram. Petkovic chutou de fora, a bola desviou em Marquinhos e morreu no fundo das redes.
Depois, Neymar – que vivia noite apagada – e Lucas Paquetá perderam grandes oportunidades de dentro da área, mas pararam em Livakovic, que foi se transformando em um nome importante da partida. Aos poucos, o Brasil passou a ter um maior controle ofensivo da partida e encurralou a Croácia no campo de defesa.
Ao longo do segundo tempo, as duas seleções trocaram peças ofensivas. No Brasil, Tite colocou Antony e Rodrygo nas vagas de Raphinha e Vinícius Júnior, respectivamente. As chances apareceram, mas Livakovic também. E o 0 a 0 persistiu. A disputa, então, foi para os pênaltis.
Pênaltis
A Croácia acertou todas as cobranças e venceu por 4 a 2. Pelo lado brasileiro, Rodrygo parou em defesa de Livakovic – grande nome da partida – e Marquinhos chutou o último pênalti na trave para despertar o brasileiro que o sonho havia acabado.
Vlasic abriu o placar para a Croácia; Rodrygo bateu, e Livakovic defendeu
Majer deixou a Croácia em vantagem maior; Casemiro diminuiu para o Brasil
Modric fez o terceiro da Croácia; Pedro fez o segundo Brasil; Orsic fez o quarto da Croácia e Marquinhos chutou na trave.
O Jogo
O Técnico Tite optou por manter o time que mandou a campo na vitória do Brasil por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul, pelas oitavas de final. Já Zlatko Dalic promoveu a volta do lateral-esquerdo Sosa, recuperado de virose, e escalou Pasalic do lado direito do ataque croata.
Diante da Croácia, o Brasil fez a sua pior partida nessa Copa do Mundo. Faltou inspiração nas jogadas individuais e faltou o volume de jogo dos extremos, tão importantes e elogiados nos outros jogos. Mas, principalmente, faltou uma certa habilidade para lidar com o fato de a Croácia estar com um time visivelmente mais desgastado.
O normal seria que o Brasil colocasse pressão e fizesse que os croatas se cansassem mais cedo no jogo.
Mas não foi isso que aconteceu. O time brasileiro entrou no ritmo do adversário e só foi acelerar nos últimos 15 minutos, o que não foi suficiente pra vencer o ótimo goleiro Livakovic.
Tudo parecia sob controle, até que, quem diria, Casemiro, um dos melhores em campo, um dos melhores do mundo, perdeu a bola no ataque…Ee a Croácia chegou ao empate num último fôlego! Aí, fim de papo. Disputa de pênaltis.
E agora fica a dúvida que alguém terá que tirar em algum momento! De quem foi a ideia absurda de deixar um garoto de 21 anos bater o primeiro pênalti contra um goleiro que já havia pegado três na Copa do Mundo! E por que o principal jogador do Brasil, o craque, o dono do time, simplesmente não se apresentou para essa responsabilidade!?
O que o Neymar estava esperando? Para bater o último é ser chamado de “herói” da classificação !? Como aconteceu na Olimpíada !? Bem, eu sempre acho que os melhores têm que bater primeiro, exatamente por isso!
Sinto pelo Tite, que se preparou tanto, que modernizou tanto os métodos da Seleção, que montou um elenco que era praticamente unânime, que confiou na decisão dos jogadores, e que vai ter que matar no peito e explicar por que o nosso melhor jogador pipocou na hora da decisão. Agora não adianta chorar o leite derramado, quem sabe o hexa não vem em 2026. Quem viver verá! Que o sonho não acabou!
BRASIL 1 (2) X (4) 1 CROÁCIA
Brasil
Alisson; Éder Militão (Alex Sandro, no intervalo da prorrogação), Marquinhos, Thiago Silva e Danilo; Casemiro, Lucas Paquetá (Fred, no intervalo da prorrogação) e Neymar; Raphinha (Antony, aos 11′ do 2ºT), Vinícius Júnior (Rodrygo, aos 19′ do 2ºT) e Richarlison (Pedro, aos 39′ do 2ºT)
Técnico: Tite
Croácia
Livakovic; Juranovic, Lovren, Gvardiol e Sosa (Budimir, aos 5′ do 2ºT da prorrogação); Brozovic, Kovacic (Majer, no intervalo da prorrogação) e Modric; Pasalic (Vlasic, aos 27′ do 2ºT), Perisic e Kramaric (Petkovic, aos 27′ do 2ºT)
Técnico: Zlatko Dalic
Direto da Redação com informações do EM/Copa FIFA e Bob Faria
DEIXE SEU COMENTÁRIO | Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site.