Mais um caso de assédio sexual dentro de vagões de metrô veio à tona nesta sexta-feira, 23/3, desta vez, no Rio de Janeiro. Marcelly Chaves, de 23 anos, foi abusada por um homem que, inclusive, acabou ejaculando nos pés dela. Ela estava voltando da faculdade quando foi violada, e relatou todo o caso com detalhes em suas redes sociais. A postagem de Marcelly já atingiu 36 mil compartilhamentos em menos de dois dias.
O caso aconteceu por volta das 22:30hs. Segundo o relato da vítima, ela embarcou no trem na estação São Cristóvão e já estava estranhando o comportamento do homem, que entrou no vagão, que estava lotado, junto com ela. De acordo com Marcelly, ele permaneceu junto a ela e a encarando. Incomodada, ela se virou para reagir e tentar afastar-se do homem, mas neste momento ele estava com o órgão genital à mostra, ejaculando no pé dela e na própria calça.
Após ela pedir ajuda, o homem foi retido na estação Triagem, e ambos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia mais próxima. Porém, lá, Marcelly ouviu que era preciso registrar ocorrência na 25ª DP. Na delegacia mais central, a vítima diz ter permanecido esperando lá por mais de 4 horas, pois, a princípio, o pneu da viatura que transportava o agressor furou, depois, descobriu que o homem havia sido encaminhado para um hospital. “Ele estava apenas com um arranhão na testa. E eu? De mim, nada perguntaram”, afirma Marcelly na postagem.
Mesmo na posse das provas, inclusive as sandálias com o material genético do homem, a garota desistiu de prestar queixa. “Já não aguentava mais aquela situação, além da pressão de todos me dizendo que de nada iria adiantar. Peguei minhas coisas e fui embora me sentindo completamente humilhada, despedaçada, violada”, desabafa Marcelly em seu texto.
O delegado titular da 25ª DP, Marcus Neves, diz que será instaurada uma sindicância para apurar eventual desvio de conduta dos servidores do plantão e possíveis infrações administrativas. Ele também afirma ter solicitado aos agentes que localizassem a vítima para que fosse formalizada a ocorrência. Até o momento, não há indicação de que o caso foi devidamente registrado. O agressor permanece em liberdade. O Estado buscou contato com Marcelly, mas até o momento, não obteve retorno.
Em nota, o Metrô Rio coloca os funcionários à disposição para assistência à vítima caso ela queira registrar a ocorrência. Confira a nota do Metrô Rio na íntegra: “Um homem acusado de assédio a uma cliente foi retirado de dentro de uma composição, pelos agentes de segurança do MetrôRio, na estação Triagem. A polícia foi acionada e o levou para a Cidade da Polícia, no Jacaré. A vítima e as testemunhas também foram para o local, em um carro do MetrôRio.
Durante todo o tempo em que estiveram na Cidade da Polícia e na 25ª DP (para onde foram encaminhados depois), os funcionários da Concessionária prestaram assistência à vitima. O Metrô Rio permanece à disposição dela, caso queira novamente tentar registrar a ocorrência.
Diariamente, 450 agentes e 160 auxiliares de plataforma realizam rondas nas estações e nos trens para coibir qualquer tipo de delito. A empresa orienta vítimas e testemunhas de assédio a acionar o Corpo de Segurança Metroviário quando necessário.”
NR – Este site registra esta notícia como uma alerta a nossas autoridades, de que alguma coisa precisa ser feita neste sentido, muitas mulheres são assediadas e abusadas diariamente, de diferentes formas e qualquer canto e local, e a burocracia brasileira parece não estar nem ai a estes lamentosos casos, os imorais, continuam aprontando e postos em liberdade, como se o ato em si, não representassem um crime e um perigo para a sociedade lamentável em que vivemos. Fica registrado aqui a nossa indignação com mais esse caso acontecido em local público, com testemunhas, e notas de condolências registradas pelo metro rio. O constrangimento da universitária e o tarado liberado, mostra de vez, que está na hora de nossos representantes legislativos reverem melhor as leis que regem esse país.
Por Igor Ferraz – Agência Minas – NR/JC -foto rede social
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