A jovem Izamara que morreu após uma embarcação tombar no lago de Furnas em Capitólio, foi sepultada no domingo, 29 de junho em Machado/MG. O acidente aconteceu no sábado, 18 de Junho em uma região conhecida como Cachoeirinha. Segundo informações iniciais divulgadas pela Associação Pública dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande (Ameg), uma lancha com 14 passageiros a bordo apresentou problemas mecânicos e solicitou apoio de outra embarcação nas proximidades para resgatar os passageiros.
Uma chalana, ocupada por outros 10 passageiros, foi ao encontro da lancha à deriva. No momento do transbordo dos passageiros, a chalana não suportou o peso e virou. O idoso e a jovem Izamara não conseguiram sair debaixo da embarcação e se afogaram.
Ainda conforme as informações da Prefeitura e da Ameg, marinheiros tentaram reanimar as duas vítimas até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que confirmou os óbitos. As demais vítimas sofreram apenas escoriações leves.
Quem era Izamara
Izamara nasceu em Machado, Sul de Minas, no dia 7 de março de 2000, mas atualmente morava em Paraguaçu (MG). Segundo a funerária onde ela foi velada, a jovem trabalhava em uma das confecções da cidade.
A jovem de 22 anos estava em Capitólio junto com o noivo no momento do acidente. Nas redes sociais, ele lamentou a perda da companheira com quem iria se casar. “Tão cedo assim. Tínhamos planos, casar, ter filhos ter nossa casinha… Eu estou sem chão, sem rumo meu amor. […] Olha por nós aí de cima viu? Te amo muito”, publicou.
Izamara foi sepultada ainda na noite de domingo, 19 de Junho em sua terra natal, Machado/ Sul de Minas, uma grande multidão de pessoas e curiosos, acompanharam o enterro.
Investigação
No domingo, 19 de Junho, a Marinha do Brasil (MB) divulgou nota afirmando que assim que houve o acidente, a Delegacia Fluvial de Furnas enviou uma Equipe de Busca e Salvamento (SAR) ao local, a fim de prestar o apoio necessário.
“Ao chegar, a equipe SAR verificou que os passageiros já haviam sido socorridos e que duas pessoas tinham vindo a óbito. A embarcação que naufragou estava prestando auxílio a uma outra que se encontrava à deriva no lago de Furnas, com problemas de máquinas. O emborcamento ocorreu no momento de embarque dos passageiros”.
Além disso, a Marinha informou que serão emitidas notificações aos proprietários e condutores para que prestem esclarecimentos. Ainda de acordo com a MB, um inquérito administrativo será instaurado para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades da ocorrência, bem como colher ensinamentos para reduzir a probabilidade de situações parecidas no futuro.
“Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, o mesmo será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, o qual dará vista à Procuradoria Especial da Marinha para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei n°2.180/54. A MB lamenta o ocorrido e se solidariza com os familiares e amigos das vítimas”, diz a nota.
A PCMG informou que os corpos foram encaminhados ao Posto Médico-Legal em Passos/MG. Paralelamente à investigação da Marinha, a Delegacia de Polícia Civil em Piumhi irá instaurar inquérito para apurar os fatos. O Prefeito de Capitólio Cristiano Silva que prestou solidariedade as vítimas lamentando o ocorrido e o prefeito de Carmo do Rio Claro, Filipe Carielo e presidente da Ameg também lamentou o acidente.
“Nosso respeito as famílias enlutadas neste acidente. Temos trabalhado constantemente para aumentar a segurança na região. Todas as embarcações são obrigadas a fornecer coletes salva-vidas em número suficiente para todos os passageiros e tripulação”, pontuou o prefeito Cristiano esclarecendo que, no momento do acidente, vários passageiros usavam o colete.
O presidente da Ameg e prefeito de Carmo do Rio Claro, Filipe Carielo em nota disse: “Em nome de todos os municípios que compõem a Ameg, nos solidarizamos com familiares e amigos das vítimas fatais bem como àqueles que escaparam ilesos deste lamentável acidente e reafirmamos o compromisso de todos os gestores municipais
Desabamento em Capitólio
Em 8 janeiro deste ano, um desabamento de uma rocha no Lago de Furnas, em Capitólio, deixou dez pessoas mortas. Todas as vítimas estavam em uma única embarcação.
Após quase dois meses de apuração do caso, a Polícia Civil não identificou responsáveis ou culpados pelo desabamento e pediu o arquivamento do inquérito.
O órgão afirmou não foi verificada nenhuma ação humana específica que tenha provocado a queda do paredão, levando à conclusão que a ocorrência foi um “evento natural”.
Direto da Redação com informações da PCMG/G1
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