O músico e humorista Juca Chaves morreu na noite de sábado (25), em Salvador. O artista tinha 84 anos e estava internado no Hospital São Rafael, na capital baiana. De acordo com o hospital, Juca foi internado há 15 dias e morreu “devido à complicações de problemas respiratórios”. Ele esteve em Pouso Alegre se apresentando, visitou a TV Jornal da Cidade e foi entrevistado pelo jornalista e padre Neilo Machado.
‘O Menestrel Maldito’
Compositor, músico, humorista e crítico, Jurandyr Czaczkes Chaves, nome do artista, nasceu em 22 de outubro de 1938, no Rio de Janeiro, mas há décadas trocou a cidade de nascimento por Salvador. Ele vivia no bairro de Itapuã com a família.
Juca era conhecido como “O Menestrel Maldito”, apelido que ganhou do poeta Vinicius de Moraes. Formado em música clássica, Juca começou a carreira profissional em 1955, na TV Tupi, em São Paulo, sempre com humor ácido, inteligente e com críticas sociais.
Durante a Ditadura Militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985, foi perseguido. Exilado, viveu seis anos longe do Brasil, entre Portugal e Itália.
Ele é autor de músicas que se tornaram sucesso no Brasil como “A cúmplice”, “Menina”, “Que saudade” e “Presidente Bossa Nova”.
Juca era casado, desde 1975, com Yara Chaves, com quem vivia na capital baiana. Ele deixa duas filhas: Maria Morena e Maria Clara. Torcedor do São Paulo, Juca chegou a gravar uma marchinha para o time do coração.
O músico foi candidato ao Senado pela Bahia em 2006 pelo PSDC e usou da poesia e do humor para pedir votos. Ele não foi eleito, mas a campanha de versos marcantes divertiu os baianos na época.
Em 2015, Juca voltou a ganhar destaque com uma sátira que falava sobre a situação política do Brasil e defendia a Operação Lava Jato. Com 60 anos de carreira, diversos bordões e sucessos, Juca lotou teatros por todo Brasil divertindo plateias. Esteve em Pouso Alegre se apresentando no Theatro Municipal. Antes das apresentações costuma convocar o público com uma de suas frases célebres: “vá ao meu show e ajude o Juquinha a comprar o seu caviar”.
O velório aconteceu no domingo às 14h30, no Cemitério Bosque da Paz. O corpo de Juca Chaves foi cremado, às 16:00hs atendendo solicitação dos familiares.
Jucas chaves visitou a TV Jornal da Cidade de Pouso Alegre foi entrevistado e mostra um pouco do seu jeito de pensar e agir. Um bate papo descontraído com o jornalista padre Neilo Machado.
Direto da Redação
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