O ex-megaempresário Eike Batista foi condenado a 30 anos de prisão por corrupção ativa. por dar propina ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB). Dois doleiros acusaram Eike de pagar US$ 16,5 milhões a Cabral, algo em torno de R$ 52 milhões, em troca de contratos com o governo fluminense.
Esta é a primeira condenação de Eike em um dos processos contra ele envolvendo a Operação Lava-Jato.
A sentença foi assinada nessa segunda-feira (2) pelo juiz de primeira instância, do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, que também impôs a Eike multa de R$ 53 milhões.
O advogado do empresário, Fernando Martins, informou que vai recorrer.
Eike chegou a ser preso em janeiro do ano passado após ser considerado foragido da Justiça. Em maio do mesmo ano, ele foi solto para cumprir prisão domiciliar por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
De acordo com a condenação desta segunda-feira, o passaporte de Eike deve continuar retido, e ele segue impedido de deixar o Brasil.
Cabral
Na mesma sentença, Bretas condenou o ex-governador do Rio Sérgio Cabral a 22 anos e oito meses de reclusão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão divisas. A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo foi sentenciada a 4 anos de prisão. Bretas também condenou o ex-vice-presidente do Flamengo Flávio Godinho a 22 anos de prisão.
Pouso Alegre
O empresário Eike Batista já teve uma montadora de jipes em Pouso Alegre/MG. A JPX funcionou entre os anos de 1994 e 2001, próximo ao trevo da Fernão Dias. A empresa fechou as portas sem explicações, deixando muita gente no prejuízo. Talvez tenha sido o pontapé inicial da derrocada do bilionário. Antes mesmo da valência de algumas de suas empresas conhecidas como grupo X.
Entre os prejudicados pelo fechamento da JPX estão os ex-concessionários, pessoas que abriram lojas para revender os jipes. Também reclamam até hoje quem comprou o jota, como o veículo é conhecido até hoje. O problema é que, com o fechamento da montadora, faltam peças no mercado para reposição quando apresentam defeitos. Estima-se que sejam apenas mil deles pelas ruas e estradas do Brasil. A produção na montadora de Pouso Alegre não passou dos 4 mil jipes.
Direto da Redação com informações colhidas junto ao EM
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