Celebramos hoje o Dia Mundial das Missões. Somos chamados a tomar mais consciência de nossa missão batismal, do nosso papel como discípulos missionários, a tomar consciência da nossa forma de nos relacionarmos uns com os outros. Competições, disputas de espaço e de poder criam barreiras entre nós. A violência, as guerras, as divisões são frutos do pecado. Principalmente quando colocamos nossos dons e recursos pessoais a serviço de nossos interesses, negando à comunidade o bem que lhe poderíamos fazer. Com alegria, cantemos.
Hoje, a liturgia nos fala no serviço que Jesus veio inaugurar com sua vida e seu ministério entre nós neste planeta chamado Terra. Ele veio para servir e dar a sua vida para nossa salvação.
Aos olhos de Deus um servo, um vocacionado, um fiel a sua palavra é o exemplo de uma vida simples, sacrificada que trará libertação, verdade e esperança ao mundo. Os valores de Deus não são os do mundo ou aquilo que simplesmente nos agradam. O servo lembra que Deus nos encontra na pobreza, na simplicidade, na fragilidade, na honestidade e em nosso amor ao próximo. Numa vontade espontânea, que nasce dentre de canda um de nós e que interpretamos como um chamado divino. Assim, sentiremos Deus nos convidado a servi-lo, através de pequenos gestos com esperança e paz no futuro. Se entre os humildes há quem é capaz de o ouvir, de o servir, partilhar e se doar por inteiro, aí está Deus com ele, pois Deus está no amor e no serviço aos irmãos. Assim, poderemos ver que o sofrimento e todo sacrifício vivido pode ser o gerador de uma vida nova em cada um de nós.
Os cristãos precisam estar atentos o tempo todo e se aprofundar na fé enfraquecida, muitas vezes acomodada, deixada de lado. Jesus veio para mudar o coração dos homens e aproximá-los de Deus. Pede-se aos crentes: 1) que acreditem em Jesus; 2) que escutem e acolham sua proposta; 3) que as transformem em gestos concretos com reconhecimento e gratidão sempre com disposição.
No Evangelho de hoje, João e Tiago querem o privilégio de ficar próximos de Jesus. Não sabiam o que iria acontecer. Achavam que seriam importantes ocupando lugar de destaque e, se sentirem mais amigos de Jesus. Mas o Mestre lhes diz: “Se estiverem dispostos a se entregar, a sofrer até a morte, podem ficar ao meu lado”. Ele disse: “Vim para servir e não para ser servido”. A missão nos convida a servir com amor. Pelo Batismo recebemos tal exercício. E aos poucos vamos desenvolvendo nossa vocação.
E nós, como nos colocamos na vida? Estamos servindo? Somos gratos por quem nos aproximou de Deus e de seu filho amado? Estamos dispostos a sermos fieis a Igreja que servimos? Que participamos? Jesus no mundo, pôs-se ao serviço do projeto do Pai e fez da sua vida um dom de amor. Ele não se deixou seduzir por projetos pessoais, particulares, entregou toda a sua vida, a fim de que todos pudessem encontrar a vida plena e verdadeira.
O Evangelho convida-nos a repensar a nossa vida (família, comunidade, escola/faculdade, trabalho, amigos, parentes, lazer e sociedade). O cristão deve dar testemunho de uma nova ordem no ambiente onde estiver, colocando-se numa atitude de serviço e não de imposição e de exigência aos seus caprichos. Deve evitar qualquer atitude de injustiça ou de prepotência sobre aqueles a quem muitas vezes coordena suas ações e realizações. Todos devem encarar a autoridade que lhe é confiada como um serviço para o bem comum, já que nada nos acontece por acaso.
Viver para servir exige de nós desapego a ideais que comprometem a vida do discípulo missionário de Jesus. É preciso acabar com as disputas, “lugares de honra” e privilégios na comunidade e viver a dimensão do serviço com amor, principalmente com aqueles que tudo fizeram para também nós servir e nos mostrar o caminho.
Direto do Santa Missa em Seu Lar do dia 20/10/2024
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