Considerado o maior serial killer brasileiro, ele foi morto na manhã deste domingo, 05 de março em frente à casa de uma irmã, em Mogi das Cruzes/SP. Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador, foi morto a tiros e teve o pescoço cortado, segundo Boletim de Ocorrência. O serial killer nasceu no Sul das Minas Gerais, em Santa Rita do Sapucaí, em 1954.
Ainda de acordo com o B.O, os policiais foram acionados depois de serem informados sobre disparos de arma de fogo na rua José Rodrigues da Costa e que os suspeitos teriam fugido num carro preto. Pedrinho Matador chegou a ser atendido pelo Samu, mas morreu no local. Um gol preto, que estaria envolvido no crime, foi localizado.
O serial killer foi condenado a 400 anos de cadeia por 71 homicídios. Ele mesmo alegava ter matado mais de 100 pessoas. Como passou boa parte da vida em presídios, a maioria de suas vítimas era outros detento, na lista consta parentes e amigos.
No momento em que foi morto, Pedrinho foi abordado por homens encapuzados que saíram de um veículo. Ele foi atingido por, ao menos, seis tiros. O assassinado justificava os crimes que cometia dizendo que matava pessoas que considerava ruins.
A Polícia Civil de Mogi das Cruzes confirmou que o corpo, encontrado na rua com várias perfurações é de Pedrinho Matador que ficou preso durante 42 anos.
Quem era?
Natural de Santa Rita do Sapucaí, Sul de Minas Gerais, Pedrinho nasceu com uma rachadura no crânio em razão dos chutes que o pai dele dava na mãe durante a gestação. O primeiro crime do serial killer foi quando ele tinha 14 anos. Pedrinho afirmou que empurrou um primo no moedor de cana e depois o picou com um facão.
Cerca de um tempo depois, ainda aos 14 anos, Pedrinho matou o vice-prefeito de Alfenas, também em Minas Gerais, por demitir seu pai. Na época, o pai de Pedrinho foi acusado de furtar merendas destinadas aos alunos da escola onde ele trabalhava como guarda. Após matar o político, Pedrinho também assassinou um outro vigia da unidade escolar, quem ele acreditava ser o verdadeiro responsável pelos furtos.
Após cometer os primeiros homicídios, Pedrinho fugiu para Mogi das Cruzes (SP), onde ficou conhecido por roubar bocas-de-fumo e matar pessoas relacionadas ao tráfico. Com o tempo, ele se tornou um dos líderes do tráfico da região e continuou assassinando os rivais.
Pedrinho Matador só foi preso aos 18 anos, em 1973. À época, acabou condenado a 128 anos de prisão. No entanto, foi justamente no sistema penitenciário que ele cometeu a maior parte dos assassinatos. Durante uma transferência entre presídios, mesmo algemado, ele começo matando um homem condenado por estupro.
Pessoas ruins
Pedrinho justificava os homicídios. Segundo ele, matava “pessoas que não prestavam”. Entre as vítimas, estavam estupradores e traidores. O homem dizia que não aceitava algumas condutas criminosas. Ele afirmava que nunca matou crianças, mulheres e pais de família. O assassino tinha tatuado no corpo as frases “Sou capaz de matar por amor” e “Mato por prazer”.
Vingança
Pedrinho jurou vingança ao próprio pai. Quando o assassino confesso tinha 20 anos, o pai dele foi cumprir pena no mesmo complexo prisional, por assassinar a esposa com 21 facadas. Pedrinho o assassinou com 22 golpes de faca. Ele teria ainda arrancado e mastigado um pedaço do coração do genitor.
“Eu matei meu pai na cadeia. Estava preso já, fiquei 42 anos preso. Meu pai estava preso, arrumei um ‘bem bolado’ e cheguei até a cela do meu pai. Eu falei no caixão da minha mãe e jurei vingança. Eu só mastiguei [o coração]. Cortei o bico do coração e mastiguei, e joguei em cima do corpo”, contou Pedrinho.
O assassino matou também um velho amigo, acusado de matar uma das suas irmãs, e justificou dizendo “era meu amigo, mas eu tive de matar”.
Liberdade
Pedrinho foi solto em 2007, mas quatro anos depois, acabou condenado por crimes em motim e cárcere privado, cometidos durante seu cumprimento de pena. Ele teve de retornar à cadeia e cumprir mais 8 anos. Em 2018, o serial killer foi liberado novamente, aos 64 anos, após cumprir 42 anos de pena.
Antes de ser morto, Pedrinho mantinha um canal no Youtube chamado “Pedrinho ex-matador oficial“, onde ele conscientizava pessoas sobre o crime. Nos últimos anos, o assassino participou de diversos podcasts contando sua trajetória e deu várias entrevistas comentando sobre a criminalidade no Brasil, dizia ter se convertido e chegou a ser batizado numa igreja evangélica. Morto acabou o pesadelo de muitos que provavelmente estaria na sua lista de assassinados.
Direto da Redação tendo como fonte Metrópole Notícias fotos: Rede Social
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