A Polícia Federal cumpre um mandado de busca e apreensão na sede do Instituto de Previdência Municipal (Iprem) de Pouso Alegre/MG, na manhã desta quinta-feira, 12/4. Os trabalhos da PF são parte da Operação Encilhamento, que apura fraudes em aplicação de recursos de institutos de previdência municipais em fundos de investimento.
Em entrevista exclusiva a TVJC, o prefeito de Pouso Alegre Rafael Simões, em seu gabinete, falou sobre assunto do momento, o Iprem. O chefe do executivo falou pela primeira vez sobre essa Operação da PF com mandado judicial no Iprem. Em suas palavras Simões fala de um desvio de 170 milhões, dinheiro esse que vai fazer falta para o servidor municipal e para os cofres da prefeitura. E fala que sobre abertura da caixa preta, cobrada por alguns vereadores de oposição, “ela está sendo aberta com essa operação da PF”, também fala de sua expectativa quanto aos resultados, já que esta operação está acontecendo também em várias partes do país.
Segundo ainda informações do setor de comunicação da Polícia Federal, Pouso Alegre é uma das quatro cidades de Minas Gerais com mandados cumpridos. Ao todo, são 20 mandados de prisão, busca e apreensão em sete estados. A Operação Encilhamento é a segunda fase da Operação Papel Fantasma.
Segundo a Polícia Federal, empresas de fachada emitiam títulos de dívidas que geram um direito de crédito ao investidor, os chamados debêntures. As investigações apontam que, em todo o país, a aplicação destes documentos pode ultrapassar R$ 1,3 bilhão. A TVJC esteve na sede do Iprem, mas não há até o presente momento informação sobre documentos apreendidos, embora a PF permanecesse no interior da sede.
Em Minas Gerais, além de Pouso Alegre, a polícia cumpre mandados de busca e apreensão em Santa Luzia e Betim. Em Uberlândia/MG o ex-prefeito Gilmar Machado e mais três pessoas foram presas. No país, estão sendo investigados 13 fundos de investimento realizado em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goias, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso. Os investigados responderão por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro com penas que variam entre 2 a 12 anos de prisão.
Direto da Redação
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