Mais um crime aconteceu às quatro horas da madrugada do último sábado, 28, na Avenida Perimetral em Pouso Alegre. Gilberto Rodrigues de Oliveira foi assassinado a golpes de faca. Ainda enrolado nos trapos estendidos no chão sob as marquises dos estabelecimentos comerciais, onde ele e tantos outros andarilhos costumam dormir e passar a noite. Gilberto reagiu, lutou, mas sucumbiu aos golpes recebidos nas costas e no pescoço e morreu no local. Os companheiros de noitada que ali se encontravam, tão logo viram a cena do crime e que nada poderiam fazer por aquela vítima da violência, deixaram o local.
O corpo do morador de rua ficou ali abandonado e só foi descoberto três horas depois, quando comerciantes chegaram para abrir suas as lojas.
A prisão do assassino não demorou a acontecer. Apontado e identificado pelos amigos do morto, naquele mesmo dia, a noite, a polícia chegou até o suspeito. O assassino voltou na calada da noite ao seu lar doce lar – um barraco de tábua e papelão, há pouco mais de duzentos metros do local do crime, do outro lado do rio Mandu.
Ao receber a ordem de prisão, Denis Rodrigues de Souza, o popular “Dedé”, 38 anos, confessou o crime, e detalhou com precisão.
– Eu esperei ele ‘chapar’ com bebidas e drogas e dormir… Aí eu ataquei ele com a faca! – Confessou Denis na maior naturalidade.
– Eu matei porque ele estava ameaçando me matar, por causa da encrenca com o Gilmar. – Acrescentou o homicida ao agentes da lei.
Entenda o caso
No dia 11 de outubro, após sair da Apac para o “Dia das Crianças”, Gilmar Rodrigues de Oliveira, irmão gêmeo de Gilberto, sofreu uma tentativa de homicídio nas proximidades da cravolândia do Mandu. Gilmar foi atacado pelas costas com golpes de faca, por três meliantes. Um deles era Denis Rodrigues de Souza, o mesmo que matou Gilberto na Perimetral.
Denis Rodrigues de Souza, 38, o “Dedé”, figurinha fácil no álbum da polícia por crimes diversos, tem família e residência fixa. Ele mora no bairro Santa Elisa, nas costas da Vila Padre Vitor. Segundo relatos de outro companheiro de imprensa, ele não gostava de trabalhar, era mais fácil vadiar. Por isso optou em ser mais um ‘morador de rua’ Um andarilho a procura do que não fazer em altas horas. O assassinato do ‘companheiro de teto’ atrapalhou seus planos. Desde a noite de sábado, Denis, o “Dedé” Rodrigues de Souza está preso no presídio de Pouso Alegre, num quarto sem muita liberdade, onde divide espaço com outros detentos, aguardando a sentença da justiça.
Fonte: Blog Airton Chips
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