O mineiro Pablo Henrique Silva, de 14 anos, que jogava nas categorias de base do Flamengo, é uma das vítimas incêndio que atingiu o dormitório no Ninho do Urubu, centro de treinamento do clube no Rio de Janeiro. O jovem é primo dos jogadores Werley e Nathan, revelados pelo Atlético. O primeiro está no Vasco e o segundo, ainda do Galo, foi cedido à Ponte Preta. Natural de Oliveira/MG, Pablo morava no CT.
O incêndio deixou 10 mortos e três feridos na madrugada desta sexta-feira, 08/1. Os meninos que tiveram ferimentos foram levados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Um deles está em estado grave com cerca de 35% do corpo queimado. Ainda não há informações sobre as causas do acidente.
Vítimas
Entre os mortos estão jogadores da base e funcionários. Um dos três feridos se chama Cauã Emanuel Gomes Nunes. Ele tem 14 anos, é de Fortaleza e mora no Rio de Janeiro há três anos. Os outros dois garotos que estão internados são Jonathan Cruz Ventura e Francisco Diogo Bento Alves, ambos de 15 anos.
O time sub-16 do Flamengo chegou a treinar na quinta-feira e foi liberado depois da atividade, de acordo com o clube. Entretanto, alguns atletas que não tinham condições de retornar imediatamente para casa, por morar em outros estados, ficavam no alojamento.
O secretário estadual de Esportes, Felipe Bornier, chegou ao Ninho do Urubu por volta das 9:00hs, e disse que o governador do Rio, Wilson Witzel, vai decretar três dias de luto no Estado do Rio de Janeiro.
Realmente um fato lamentoso, principalmente para todos os torcedores do flamengo.
Lei Pelé garante segurança em alojamentos
Uma das exigências para que os clubes possam formar jogadores de futebol é “manter alojamento e instalações desportivas adequados, sobretudo em matéria de alimentação, higiene, segurança e salubridade”. É o que determina o parágrafo 2º do artigo 29 da Lei 12.395, de 2011, em sua letra D.
Sancionada em 16 de março de 2011 pela então presidente Dilma Rousseff, o texto alterou a Lei Pelé (9.615/1998) e definiu parâmetros para o funcionamento das categorias de base das agremiações.
A lei contém várias exigências que os formadores devem cumprir. A partir dela, em 2012, a CBF definiu, por meio de uma RD (Resolução de Diretoria) uma série de normas para conceder aos clubes o Certificado de Clube Formador (CCF).
Entre a extensa documentação a ser apresentada pelo clube consta uma declaração assinada por seu presidente informando o número de quartos e de leitos disponibilizados aos atletas no alojamento e a relação completa dos atletas alojados, separados por categoria, além de fotos dos locais.
O CCF tem validade de dois anos. Atualmente, todos os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, que inclui o Flamengo, e da Série B, têm a certificação.
Pela lei, o atleta só pode assinar contrato profissional a partir dos 16 anos – o clube deve registrá-lo na CBF. Antes, os clubes podem emitir um documento de vínculo não-profissional.
Direto da Redação com informações da AN
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