O processo contra o padre Robson de Oliveira, 47 anos, que corria no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e questionava a participação do sacerdote por supostos desvios de dinheiro enquanto era presidente da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), foi arquivado definitivamente ontem, segunda-feira (18/4).
O advogado do padre, Cleber Lopes, informou que a decisão do STJ certificou a decisão tomada pelo Tribunal de Justiça de Goiás na qual confirma o arquivamento da investigação conduzida pelo Ministério Público de Goiás.
“Nesta terça-feira, 19/04 foi certificado o transito em julgado da decisão que já havia confirmado o arquivamento da investigação conduzida pelo Ministério Público de Goiás, voltada para a apuração de supostos ilícitos praticados na gestão do padre Robson enquanto esteve á frente da Associação Filhos do Pai Eterno”, afirmou.
Ainda segundo a defesa, com o transito em julgado desta decisão, não cabem outros recursos por parte do Ministério Publico.
Relembre o caso
Padre Robson havia sido acusado por ter, supostamente, desviado mais de R$ 100 milhões de doações de fiéis. O dinheiro era para ter sido usado na construção da nova Basílica de Trindade, mas o religioso teria comprado fazenda, casa de praia e um avião de pequeno porte.
Os supostos desvios foram descobertos durante a Operação Vendilhões, que apurou uma denúncia do religioso, que estava sendo vítima de extorsão após hackers terem descoberto relacionamento amoroso dele. Ao todo, Padre Robson teria desembolsado R$ 2,9 milhões para os chantagistas, dinheiro que, segundo o MPGO, saiu dos cofres da Afipe, com sede em Trindade (GO).
Padre Robson é um dos padres mais famosos da Igreja Católica no Brasil e que se viu envolvido em um escândalo que parecia não ter desfecho. Desde que o caso de um suposto desvio de dinheiro doado por fiéis veio à tona, e isso aconteceu em agosto de 2020.
Padre Robson de Oliveira viveu os últimos anos entre a casa dos redentoristas no Setor Universitário, em Goiânia, onde permaneceu recluso por um tempo, e a residência de familiares em um condomínio de luxo (Condomínio do Lago). Além disso, foi algumas vezes até Trindade para falar com pessoas próximas, mas de maneira discreta, acompanhado somente por um motorista de sua confiança. Com o arquivamento desta decisão, não cabem outros recursos por parte do Ministério Publico.
Direto da Redação com informações da ANN/EM/JC – Foto: reprodução Redes Sociais
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