Um estudante de 13 anos matou uma professora e feriu mais quatro pessoas numa escola estadual de São Paulo na última segunda feira, 27 de março. O ataque só foi interrompido depois que duas professoras imobilizaram o agressor. O ataque a professores e estudantes da Escola Estadual Thomazia Montoro, no Bairro Vila Sônia, em São Paulo, deixou uma professora de Pouso Alegre/MG ferida. Trata-se de Ana Célia Rosa, de 58 anos.
Entenda o caso
O menor agressor entrou correndo na sala de aula e com uma faca na mãos ele ataca pelas costas a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos. O menino entrou com uma máscara preta, (caveira) , e a atacou por trás. Não deu da professora se defender. Ana Célia conta que sentiu que o menino a queria matar. Na hora tentei correr, me esconder, não sei tudo foi muito rápido. Ana Célia Rosa foi atingida por quatro facadas na perna e ferimentos não mão e na cabeça. Ela passou por uma cirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e teve alta na terça-feira, 28 de março e está bem, apesar do susto e do trauma que fica.
O agressor foi para outra sala e ataca uma segunda professora. Ele só para ao ser imobilizado pela professora de Educação Física Cinthia Barbosa, foi a sorte de Ana Célia. Em seguida, a professora Sandra Pereira toma a faca dele. Três professoras e um aluno ficaram também feridos.
A professora Elizabeth, a primeira pessoa atacada, morreu horas depois, no hospital. As aulas na escola estadual Thomazia Montoro foram suspensas por uma semana. Elizabeth era funcionária aposentada do Instituto Adolfo Lutz, laboratório público que é referência em todo o país.
Segundo os alunos, dias antes, a professora Elisabeth separou uma briga entre o agressor desta segunda, e um outro estudante. Os colegas contam que a briga começou porque o assassino usou termos racistas durante um discussão. Ele o agressor “Chamou o menino de preto, de macaco… E aí o menino não gostou, partiu para cima dele. Ele também não gostou. A Bete que é professora separou”, explicou uma das testemunhas.
O secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder, também confirmou que, na semana passada, o assassino discutiu com um colega, e que foi advertido pela professora Elisabeth.
Há um mês, a direção da escola estadual José Roberto Pacheco, na Grande São Paulo, onde o agressor estudava antes, registrou um boletim de ocorrência alegando que o adolescente apresentava um comportamento suspeito nas redes sociais, postando vídeos com armas de fogo e simulando ataques violentos. Ainda segundo o B.O., o aluno mandou mensagens com fotos de armas aos demais colegas.
O agressor foi apreendido e a tarde do mesmo dia, prestou depoimento na delegacia e foi transferido para a Fundação Casa, que cuida de adolescentes infratores. Na terça-feira, 28 de março, ele foi apresentado ao Ministério Público da Infância e Juventude. A Justiça vai decidir se o adolescente deve ou não permanecer internado.
A Tragédia
Resultado final desta agressão por um menino de apenas 13 anos. Quatro professoras e dois alunos foram esfaqueados dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, São Paulo, na parte da manhã de segunda feira, 27, na hora da chamada. Uma das professoras, Elisabete Tenreiro, de 71 anos, teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário da USP. Ele foi contido por uma professora de educação física.
O agressor, aluno de 13 anos cursava o oitavo ano na escola, foi desarmado pelas professoras que heroicamente o conteve. O menino foi apreendido por policiais e levado para o 34° DP, onde o caso foi registrado.,
Quanto aos alunos feridos a polícia informou que dois alunos tinham sido atingidos. Um deles, porém, foi socorrido em estado de choque, mas sem ferimentos. A outra criança ferida sofreu um corte no braço e foi levada a um hospital da região, foi medicado e recebeu alta. Segundo a mãe de outro aluno, ele tentou salvar uma das professoras e ficou ferido superficialmente.
As vítimas foram levadas para os hospitais das Clínicas, Bandeirantes, Universitário e São Luís não correm perigo de morte.
Quanto a Pousoalegrense Ana Célia, ela conta que foi levar para professora Elisabeth uma sacolinha plástico na sala e ela lhe pediu que pegasse o notebook. Que imediatamente foi buscar, porém quando voltou disse ter ouvido um grito de um aluno: “A professora Beth!, A professora Beth!” .Ela retata que não entendeu o que se passava, porque na semana passada a professora Elizabeth estava muito resfriada e ela achou que ela tinha passado mal na sala de aula.
Diante dos gritos, disse que correu em direção para saber o que estava acontecendo, que quando chegou perto, a professora Elizabeth estava caída e ela viu sangue que correu para auxiliar e gritou também pedindo pra ajuda. Quando chegou na porta foi na hora, deu de cara com o agressor, que veio em seu encontro. Ela conta que no momento não percebeu que aquele menino aluno da escola era o autor do crime, que tinha esfaqueado a professora e que chegou inocentemente a pedir ajuda ao mesmo: “Ajuda!, Ajuda! Neste momento o agressor também a atacou. Se não fosse a coragem e a intervenção das professoras com certeza estaria também morta. Finalizou.
Ana Célia foi trabalhar em São Paulo há alguns anos, após ter ingressado no Programa de Ensino Integral (PEI) Especializada em ensino fundamental e médio.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que a professora Ana Célia da Rosa seguia internada em observação no Hospital das Clínicas, após ter passado por cirurgia no início da tarde de segunda-feira dia do atentado, para sutura dos ferimentos e que no momento seu estado de saúde é estável.
Com relação as demais vítimas, os dois alunos foram atendidos no Hospital Bandeirantes já tiveram alta e passam bem. Outras duas professoras que receberam atendimento no Hospital Universitário da USP (HU) e no São Luiz tiveram ferimentos superficiais e também tiveram alta no mesmo dia.
O governo paulista decretou luto de três dias pela morte da professora Elizabeth. O coordenador de comunicação da Fundação Casa informou que o menor se encontra no Centro de Integração Inicial da Fundação que passou pela audiência na Vara de Infância e Juventude.
O vice-presidente Geraldo Alckmin postou mensagem de pesar nas Redes Sociais sobre o ataque em São Paulo. “Transmito meus sentimentos e orações à família da professora Elisabete Tenreiro, aos feridos e a toda a comunidade da Escola Estadual Thomazia Montoro, atingida por uma lamentável ocorrência”.
Heroína
Responsável por parar o agressor e evitar uma tragédia ainda maior, a professora de educação física Cinthia Barbosa, de 37 anos, é ex-jogadora profissional de basquete e já deu aula na Fundação Casa, justamente para onde o adolescente foi encaminhado após o atentado. Docente na Escola Estadual Thomázia Montoro há pouco mais de dois anos, ela conta que agiu instintivamente quando tentou dominar o agressor.
“Foi um instinto, não esperava isso (o ataque) em uma escola”, disse Cinthia . A professora imobilizou o aluno, de 13 anos, com um mata-leão, impossibilitanso que ele continuasse a desferir golpes na professora Ana Célia Rosa de Pouso Alegre. Enquanto isso, a coordenadora pedagógica Sandra Mendes retirou a faca da mão do aluno.
Cinthia conta que chegou por volta de 6h50 à escola na segunda-feira, o dia do atentado. Após ter pego o material na sala administrativa, foi ministrar uma aula para o 7º ano. Pouco depois, começou a ouvir um barulho alto vindo de fora. Cinthia fechou a porta e foi correndo em direção às escadas. A professora explica que a escola tem dez salas de aula: cinco no andar de baixo, onde ela estava dando aula, e a mesma quantidade em cima, de onde vinham os gritos.
A professora diz que hesitou por alguns segundos, mas que ainda assim decidiu ir aonde tinham dito que estavam ocorrendo os ataques: na terceira sala do corredor. Segundo a polícia, o atentado teve início lá — local onde a professora Elisabeth Tenreiro foi assassinada —, depois o agressor teria se dirigido a uma segunda sala e, na sequência, voltado ao local onde tinha começado a agredir Ana Célia.
Aluno
“Fui lá e, quando olhei de frente, vi a professora Elisabeth deitada no chão. E a Ana Célia estava com ela, o aluno estava segurando Ana Célia e a esfaqueando”, disse Cinthia. “Aí eu tentei parar, fui por trás e o segurei. E aí a coordenadora, Sandra Mendes, já entrou na sequência. Falei a ela: ‘Tira a faca, tira a faca, tira a faca’. Ela tirou a faca dele e abaixou a sua máscara. Ao retirar a touca vi que era nosso aluno.”
Cinthia conta que, na sequência, ela e o aluno se desequilibraram e caíram no chão, mas a professora continuou imobilizando-o. “Perguntei a ele: ‘Você tem mais alguma coisa? Está com mais alguma arma?’. Ele falou que não. Perguntei se estava sozinho, ele disse que sim. Aí já levantei e o levei lá para fora para a gente descer para a sala da direção da escola.”
A professora disse que manteve o aluno preso nesta sala até a chegada da Polícia Militar, minutos depois. Nesse meio-tempo, Cinthia disse que foram poucas as palavras que o aluno disse. “Eu lembro que algumas coisas ele até falou, que queria vingança por causa de bullying, ele falava que já queria fazer isso por algum problema com a família, alguma coisa assim ele falou”, afirmou.
Cinthia conta que, quando entrou na sala de aula para conter o agressor, não conseguiu determinar qual era o estado de saúde das professoras. Só depois, conta a docente, ela foi ter a dimensão do que tinha acontecido na escola.
NR. É preciso que nossas autoridades e funcionários fiquem atentos nas portas das escolas na entrada e saída, pois sabemos que, agressões físicas entre alunos são constantes nas escolas e isso deve servir de alerta a todos em prol dos nossos jovens, professores e familiares.
Direto da Redação com informações foto e vídeos da Internet – RS
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