A vivência do amor é apenas uma necessidade passageira ou algo a que estamos fatalmente destinados? Na nota explicativa da questão 938, de O Livro dos Espíritos, temos as seguintes considerações de Allan Kardec:
A Natureza deu ao homem a necessidade de amar e de se sentir amado. Um dos maiores prazeres que lhe sejam concedidos sobre a Terra é o de reencontrar corações que se simpatizam com o seu, o que lhe dá as premissas de uma felicidade que lhe está reservada no mundo dos Espíritos perfeitos, onde tudo é amor e benevolência.
Suas palavras estão intrinsecamente associadas a uma das muitas definições do que seja o amor: “Sentimento que impele as pessoas para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso.”
Se estamos fatalmente destinados à vivência desse sentimento belo, digno e grandioso – porque se assim não fosse, não nos impulsionaria à benevolência em nossas escolhas e atitudes –, torna-se imprescindível o conhecimento de suas várias possibilidades, bem como das virtudes que abarca.
O que é amar? É o que o palestrita Delanne Lavarine, nos brinda no programa de hoje, quando nos fala da Lei do Amor. Como esse sentimento se manifesta?
A primeira a ser elencada é a paciência, quando diz que “o amor é paciente”; e a paciência é a “virtude de quem suporta males e incômodos sem queixumes nem revolta.”
No entanto, tal virtude não representa a omissão ou a submissão diante das inconvenientes atitudes alheias, mas trata-se, na realidade, de um equilíbrio mental e emocional que permite à pessoa sustentar a serenidade e a firmeza na condução de qualquer relacionamento, até mesmo naqueles marcados por sérios conflitos. O Espírito Emmanuel afirma:
A verdadeira paciência é sempre uma exteriorização da alma que realizou muito amor em si mesma para dá-lo a outros, na exemplificação.
O genuíno amor sempre nos possibilita desejar o melhor a quem quer que seja, impulsionando-nos a tomar as devidas atitudes para que os benefícios realmente se concretizem. Dessa forma, ele não é somente sentimento, mas, sobretudo, ação. O Espírito André Luiz afirma: “O verdadeiro amor, para transbordar em benefícios, precisa trabalhar sempre”.
Ademais, a benevolência promove a incondicionalidade do amor. Esta é, portanto, sua quarta virtude, porque, de acordo com o apóstolo Paulo, o amor “não procura seus interesses”.
Amor incondicional, por definição, é aquele que não impõe condições – seja por meio de chantagens, cobranças ou exigências – para que possa existir ou expressar-se. É, portanto, a atitude de quem não espera por recompensas ou retribuições pelos benefícios que oferece a outros. Hammed alerta:
Somos nós mesmos que nos iludimos, por querer que as criaturas deem o que não podem e que ajam como imaginamos que devam agir.
Nenhum de nós tem o poder de fazer com que outra pessoa nos ame, mas todos temos a possibilidade de amá-las em primeiro lugar. E será a manifestação incondicional de nossos sentimentos que atrairá a atenção de muitas delas para nós.
Quem ama intensamente só pode acreditar, confiar, aceitar e ter a esperança de receber amor de volta. Mas não existem garantias. Quem guarda seu amor para o momento em que tiver certeza de receber amor igual corre o risco de esperar para sempre. E quando amamos com qualquer expectativa, corremos o risco de nos desapontarmos, porque não é provável que consigamos encontrar quem atenda a todas as nossas necessidades, por maiores sejam o amor e a dedicação dessa pessoa, pois as pessoas nos dão o que podem e quando podem, não necessariamente o que queremos e quando queremos.
Mas como renunciar às nossas exigências e desenvolver o amor em seu estado mais puro? Acredito que a melhor forma de aprender a amar é mergulhando profunda e intensamente na vida. Como começar? Acho que uma boa maneira é abrindo-se para o amor, estando atento para suas manifestações, procurando não deixar passar uma ocasião de manifestá-la verdadeiramente, afinal colheremos aquilo que plantarmos.
Nesse programa de hoje Delanne Lavarini aborda o tema sobre a lei do amor. Como podemos conduzir nossa vida em busca da felicidade e do sucesso através do amor. Que Jesus esteja sempre conosco!
Produção independente – apoio TV Jornal da Cidade – Direção Geral: Neilo Machado – Reedição: Vinícius Domingos – Suporte: Anderson Campos
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