Delanne Lavarini no programa de hoje fala sogre o sofrimento que resultam das escolhas que fazemos com base na compreensão que temos sobre o certo e o errado, construída e refinada ao longo do processo evolutivo galgado pelo Espírito imortal.
Ao passo que evoluímos, aprimoramos o nosso discernimento e fazemos escolhas melhores; por consequência, aliviamos a carga de sofrimentos evitáveis que recairiam em nosso próprio roteiro existencial. Quanto mais evoluído o ser, melhor entendimento tem das Leis de Deus e maior é o seu discernimento ético. Quanto mais eticamente vivemos, mais livres nos tornamos
Foi aprendendo a escolher, experimentando a capacidade de deliberar que se tornou possível ao Espírito adquirir uma certa percepção de si e da vida, o que lhe facultou diferenciar e fazer escolhas entre o bem e o mal.
A ausência de valores éticos consoantes aos estatutos divinos é o que tem gerado uma fonte imensa de lágrimas que acompanham os passos lentos e claudicantes do ser humano no rumo da ascensão espiritual.
Fazendo o mal enredamo-nos nele e tornamo-nos maus. Não esqueçamos que este é um estado transitório de nossa natureza moral. Somos vocacionados ao bem e fatalmente destinados à plenitude.
Ao experimentarmos com resignação ativa essas austeras lições que são as expiações, resgatamos os equívocos de outrora e colocamos a consciência em alinhamento com os ditames da Consciência Divina.
É óbvio que existem sofrimentos que são inevitáveis, tratam-se daqueles oriundos das vicissitudes da vida: o envelhecimento, a morte, os indesejáveis desastres naturais ou acidentes gerados por imprudências de terceiros.
Entretanto, há uma leva de sofrimentos que nos surgem como reação às ações antiéticas que realizamos. Quando ignoramos a nossa verdadeira natureza espiritual, não cogitamos das questões mais profundas do ser e desconhecemos a Lei Suprema.
Erramos porque agimos orientados pelo egoísmo, porquanto somos ignorantes ao que se refere às diretrizes da Lei Natural. Sendo o egoísmo um estado da mente e do coração que denota um profundo enraizamento numa percepção da realidade autocentrada, efetivamos pensamentos, falas e atitudes de discriminação por tudo ou todos que nos desagradam.
Por outro lado, passamos a endeusar tudo e todos que nos agradam os desejos, mesmo que sejam coisas, prazeres e pessoas que nos nutram às imperfeições da alma. Nessa miséria moral, constituída a serviço do ego, apegamo-nos ao que é transitório temendo que as coisas passem e que a morte chegue.
Nessa ética, que transcende as convenções culturais, somente pode ser apreendida do mesmo modo que se estuda as questões mais profundas da existência, cabendo ao indivíduo, como já propôs Léon Denis, “perscrutar-se a si próprio, escutar essa voz interior que fala a todos e que sofismas não podem deturpar: a voz da razão, a voz da consciência.”
Direto da Redação de acordo com o texto original
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