Allan Kardec apresentou a questão acima aos Espíritos, que lhe ofereceram a bela e sintética resposta hoje aprofundada por Delanne Lavarini. Nela refere-se à frase lida por Sócrates no Templo de Apolo em Delfos, que, segundo seu discípulo Platão, a adotou em sua filosofia.
Em seguida – certamente para nos oferecer meios de melhor compreender a preciosa lição – argumenta: Compreendemos toda a sabedoria desta máxima, mas a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?
Em longa, mas objetiva dissertação, Agostinho, oferece-nos o método que utilizava, quando encarnado, para atingir o autoconhecimento. Eis o início da resposta: “Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava em revista o que havia feito e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para se queixar de mim. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. (…)”.
Ainda que extensa, deve ser lida, estudada, meditada e, sobretudo, aplicada a nós mesmos, pela clareza e sabedoria dos argumentos apresentados pelo sábio e generoso Espírito! E, certamente, por ser excelente meio de chegar à evolução consciente.
Ao palestrita Delanne, Jesus não fundou religião(ões). Ofereceu-nos, o Evangelho, normas de conduta, e regras que, adotadas, nos religam a Deus, nosso Pai.
João Evangelista,no capitulo 34 3 35 deixa-nos claro que seus discípulos seriam reconhecidos pelo mútuo amor, não por pertencermos a esta ou àquela religião, que, à época, não haviam sido estruturadas, nos moldes hoje existentes: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”.
Lições de Jesus são o mais perfeito roteiro para realizar o autoconhecimento:
– Amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos;
– Fazer aos outros o que gostaríamos de receber;
– Não resistir ao mal;
– Oferecer a outra face (a outra face moral de quaisquer situações);
– Reconciliar com adversários;
– Perdoar sempre, ilimitadamente: até aprendermos a não nos ofendermos;
– Amar os inimigos e orar pelos que nos perseguem;
– Não condenar e não julgar a ninguém;
– Não procurar os primeiros lugares;
– Fazer o bem sem ostentação;
– Dá e receberás;
– Seja misericordioso;
– Adotar o lema ‘Paz seja nesta casa’, quando chegarmos a qualquer lugar.
Essa busca nos conduz à evolução consciente, abreviando nossas expiações, eis que nossa redenção se dá pelo sofrimento, ou pelo amor ao semelhante! Importa, pois, aplicarmo-nos a esse aprendizado, para atingir o autoconhecimento!
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